Neste dia primeiro de agosto, a diretoria do Sindicato de Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul – SindJoRS celebra um ano da posse estatutária da gestão 2022/2025, sob a liderança da jornalista da Rede Pampa de Comunicações, Laura Santos Rocha. Depois da pandemia da Covid-19, o SindJoRS abriu as portas e vem oferecendo uma série de ações em defesa da categoria, incluindo a campanha – que está no ar – para trazer de volta os colegas, em especial aqueles em dificuldades financeiras. O objetivo é fortalecer o Sindicato para as lutas que temos pela frente.

 

Foram 98,2% votos válidos, na eleição realizada de forma on-line – facilitando o voto de colegas que moram fora de Porto Alegre –, nos dias 26, 27 e 28 de julho de 2022. A aclamação da chapa única “SAUDAÇÕES A QUEM TEM CORAGEM!”, também marcou a liderança da terceira mulher presidenta da entidade e a primeira vez em que a passagem de cargo foi de uma mulher para outra mulher. As jornalistas que antecederam Laura Santos Rocha foram Vera Maria Spolidoro Cuadrado (1986/1992) e Vera Daisy Barcellos Costa (2019/2022). Durante a posse, a nova presidenta declarou a certeza de que, “com o apoio incondicional deste grupo competente que formamos, será possível avançar e resistir por um SindJoRS combativo e forte na defesa dos direitos da categoria e da democracia, tão essenciais para exercício do jornalismo”. A festividade da posse aconteceu na tarde de 9 de agosto do ano passado, em formato híbrido, na sede da entidade, no Centro Histórico da capital. Além da Diretoria Executiva, também foram empossados, na ocasião, Diretoria Geral, Conselho Fiscal e Comissão Estadual de Ética. Durante a festividade, a presidenta Laura destacou as três linhas de atuação da gestão: Mundo do Trabalho, Direitos Fundamentais e Bem-estar e Qualidade de Vida.

 

O primeiro compromisso foi organizar as ações comemorativas aos 80 anos do SindJoRS, fundado em 23 de setembro de 1942, que tinha a direção em forma de comissão, formada por Arlindo Pasqualini, Arquimedes Fortini e Cícero Soares. Decidiu-se que, durante um ano, a cada mês, eventos iriam celebrar a data tão importante, uma vez que poucos foram os sindicatos que conseguiram se manter – especialmente nos últimos anos – com tanta longevidade.

 

Violência

Um dos maiores desafios, no início da gestão, foi combater a violência contra jornalistas. O Brasil fervilhava com as eleições majoritárias e uma horda de fascistas, legitimada por um presidente tal e qual, partia para cima de profissionais de imprensa com toda a fúria verbal e física. Aqui no Estado, o SindJoRS colocou à disposição da categoria o telefone/whatsapp da presidenta Laura Santos Rocha, para atender jornalistas que viessem a sofrer algum tipo de ameaça ou violência durante as eleições. A entidade também divulgou o Guia de Proteção a Jornalistas na Cobertura Eleitoral, publicação digital disponibilizado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Logo após a vitória do presidente Luís Inácio Lula da Silva, os protestos dos que não aceitaram a derrota de Jair Bolsonaro extrapolaram o direito democrático de manifestação. Colegas que cobriam os fatos, na frente dos quartéis, onde tudo acontecia, foram impedidos de exercer seu ofício, com intimidações e agressões físicas. As denúncias chegaram até o SindJoRS, que, em conjunto com a Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de Porto Alegre (Stigpoa), Sindicato dos Radialistas do Rio Grande do Sul, Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Estado (Arfoc/RS) e Associação Riograndense de Imprensa (Ari), enviou ofício ao Comando Militar do Sul, ao Ministério Público Federal, à Secretaria de Segurança Pública do RS, ao Comandante Geral da Brigada Militar, à Secretaria Municipal de Segurança de Porto Alegre, ao Tribunal de Justiça do Estado e à Comissão de Segurança, Serviços Públicos e Modernização do Estado (AL/RS), solicitando pronta investigação e responsabilização dos responsáveis pelos atos violentos e antidemocráticos. A resposta do então governador do Estado, Ranolfo Vieira Junior, foi que policiais militares acompanhariam os trabalhos de cobertura jornalística nos atos antidemocráticos e de protesto contra o resultado das eleições presidenciais. O governador também determinou “providências imediatas com a identificação das autorias e consequente responsabilização na forma legal”.

 

E foi com violência a passagem de ano e início de 2023, com mais agressões e tentativas de impedir o trabalho da imprensa. No dia 08 de janeiro de 2023, o Brasil assistiu lamentáveis cenas de terrorismo, com a invasão aos prédios dos poderes Legislativo e Judiciário, em Brasília, que foram depredados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Mais uma vez, cenas de terror e violência, que colocaram em risco a integridade física dos trabalhadores da imprensa. A ação rápida do ministro da Justiça e do STF impediu que a violência tomasse um rumo descontrolado.

 

O jornalismo lida com a informação de fato, o combate à desinformação e às fake news e, durante os últimos seis anos, foi atacado, constrangido, desvalorizado, humilhado, numa sórdida tentativa de desacreditá-lo. Mas quem luta pela verdade e pela democracia, não se sente derrotado. Por isso, as denúncias só fizeram, fazem e sempre farão fortalecer a luta do SindJoRS pela defesa das e dos jornalistas e pelo livre exercício da profissão.

 

PEC do Diploma

Um dos maiores compromissos desta gestão do SindJoRS é a luta pela aprovação da PEC do Diploma (PEC 206/2012). Por isso, além da produção de material informativo e promocional, a entidade esteve presente no “Ocupa Brasília”, uma comitiva com cerca de 40 pessoas, representantes de 16 Sindicatos filiados, liderados pela Federação Nacional de Jornalistas – Fenaj que, durante três dias, no mês de março, circulou pelos gabinetes de parlamentares, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, em Brasília/DF, realizando um trabalho de corpo-a-corpo com deputados e deputadas, apresentando considerações e argumentos para garantir votos favoráveis à aprovação da PEC, assim que for colocada em votação, o que pode acontecer a qualquer momento. O trabalho segue em todos os sindicatos filiados à federação. Aqui, na capital, deputados e deputadas continuam sendo contatados pelo SindJoRS, para garantir que digam “Sim” à PEC do Diploma. Informação de qualidade se faz com boa formação, nos bancos das universidades.

 

Fundação TVE

Lembrando os 49 anos da extinta Fundação Piratini, funcionários da TVE e da FM Cultura reafirmaram a luta contra o processo de extinção e da defesa do interesse público e de seus direitos. O SindJoRS faz parte dessa luta, desde 2016 – ano em que foi extinta a Fundação, pelo então governador, José Ivo Sartori –, buscando a garantia da manutenção do emprego dos profissionais e do funcionamento das emissoras. De acordo com a presidenta, Laura Santos Rocha, “é uma luta que o Sindicato, em seus 80 anos, encabeça há muito tempo. Desde a extinção da Fundação Piratini, batalhamos para que a TVE e a FM Cultura continuem exercendo importante papel de comunicação. A comunicação pública é fundamental neste momento de resgate da democracia”.

 

Convenção Coletiva 2023/2024

As tratativas para elaborar a proposta de Convenção Coletiva de Trabalho – CCT – 2023/2024, para os sindicatos patronais, começaram ainda em novembro de 2022. Pesquisas e estudos apontaram a urgência de acrescentar o debate sobre direitos da mulher e saúde mental e qualidade de vida do trabalhador e da trabalhadora. Isso se deve ao número crescente de denúncias de assédio moral, nas mais diversas redações do Estado. Com a contribuição da diretora Monica Cabañas, que mora em Genebra/SUI e, além de jornalista, é terapeuta ericksoniana, foram realizadas lives e entrevistas sobre saúde mental, alertando para as características do assédio moral, que acontece quase imperceptível, como um conta-gotas, mas que, ao fim, transborda e provoca o adoecimento emocional. Ela colaborou com a elaboração das cláusulas apresentadas.

 

Quanto aos direitos da mulher, é absolutamente necessário um olhar para as exigências e pressões que afetam as trabalhadoras que são mães, desde o parto até cerca dos 12 anos de idade da criança. Este período exige cuidados, que começam com a amamentação e vão até o acompanhamento escolar. Enquanto a Organização Mundial da Saúde indica que o período ideal, para o crescimento do bebê, é o aleitamento materno durante dois anos, a licença-maternidade fica entre 90 a 180 dias. Há uma lacuna muito grande, que precisa ser atendida, com horários para a amamentação, durante a jornada de trabalho, até completar os dois anos indicados pela OMS. Em relação ao acompanhamento dos filhos, é imprescindível incluir as mães atípicas, na CCT, cujas crianças exigem cuidados especiais, muitas delas durante toda a vida. Vale lembrar que, desde novembro, o SindJoRS integra o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM/RS).

 

Foram dois meses de exaustivas mesas, com debates e apresentações de argumentos, até que se chegou a 100% da reposição da inflação, sem diferenciação do percentual para quem ganha salários maiores, como acontecia nos anos anteriores. Valores de diárias, vales-refeição e auxílios-creche também devem ser reajustados pelo mesmo percentual da inflação. Não houve acordo com os sindicatos patronais para colocar, nesta CCT, capítulos exclusivos sobre os dois importantes temas da mulher e da saúde mental do trabalhador, mas foi firmado um acordo para que as empresas sejam orientadas e fiscalizadas quanto a estas necessidades e cuidados, além da inclusão de alguns itens em capítulos já existentes. Temos consciência de que não é o ideal, mas o SindJoRS considera exitosas as discussões sobre assédio moral, direitos e a conquista da lateralidade do reajuste. Para o próximo ano os temas já não surpreenderão os sindicatos patronais. E a diretoria se compromete, com a categoria, a voltar com essa discussão.

 

Interior do Estado

O fortalecimento das delegacias, no interior do Rio Grande do Sul, também é marca deste primeiro ano de gestão da diretoria. Pelotas, Rio Grande, Erechim e Passo Fundo já atuam com diretores/as e delegados/as. São acompanhamentos dos problemas que afetam jornalistas e as devidas providências. Como aconteceu em relação à violência sofrida pela jornalista Rafaela Rosa, do jornal Diário Popular, de Pelotas, por meio de falas agressivas, de baixo calão e ultrajantes, proferidas pelo presidente da Câmara de Vereadores de Pelotas, vereador César Brisolara (PSB). A Delegacia Regional de Pelotas agiu rapidamente em defesa da jornalista. Da mesma forma, a Delegacia dos Jornalistas da Cidade do Rio Grande agiu em repúdio ao uso da Hora da Doutrina, da Câmara de Vereadores do Rio Grande, para atacar profissionais jornalistas que exerciam o trabalho diário de informar a sociedade sobre os principais fatos da região. Os ataques proferidos por parlamentares, contra o portal Rio Grande Tem e à jornalista responsável, Thuanny Cappellari, ultrapassaram os limites republicanos que devem pautar as relações entre os agentes políticos e a imprensa.

 

80 Anos

Foram inúmeros eventos, durante este ano de gestão. No dia do aniversário de 80 anos, o SindJoRS publicou, nas redes sociais, vídeos de entidades de classe, organismos internacionais, jornalistas e profissionais de diferentes áreas parabenizando o Sindicato. O trabalho, inédito, obedeceu a uma nova lógica de comunicação, imposta por tempos pandêmicos, e conquistou a opinião pública, que pode participar e interagir nas diferentes atividades propostas.

 

No mês seguinte, organizada pelo Núcleo de Imagem, foi lançada, no Facebook e Instagram, a exposição virtual de imagens com o tema ‘Fotojornalismo como protagonista da notícia’ e que alcançou 8.263 visualizações.

 

Em novembro, por meio do Núcleo dos Jornalistas Afro-brasileiros, o Sindicato realizou a atividade “Conversa com Basília Rodrigues”, onde a jornalista, que é analista de política da CNN Brasil, fez uma análise da conjuntura política daquele momento e discorreu sobre a mídia e o racismo, dentro da programação do Novembro Negro Unificado.

 

Em dezembro, foi a vez de lançar o “SindJoRS Destaca” (na época, ainda com nome de A Palavra é Tua), com uma entrevista com a ex-presidenta, Vera Daisy Barcellos, que contou sua história no jornalismo. Depois, vieram as entrevistas com a jornalista e mulher pioneira na reportagem policial, Luciamem Winck; a jornalista, ambientalista e professora de ecojornalismo, Ilza Girardi; e, breve, o destaque será o jornalista, escritor, professor e presidente da Fundação Theatro São Pedro, Antônio Hohlfeldt.

 

O mês de janeiro marcou a presença do SindJoRS em atividades de preparação para a etapa regional do Fórum Social Mundial 2023, com o tema, “Democracia, direitos dos povos e do planeta – Outro mundo é possível”. Foram três encontros; o primeiro, um debate sobre a “Violência contra jornalistas e o papel da comunicação na democracia”; o segundo, a Roda de Diálogo “Sem Comunicação Democrática não existe Democracia de Verdade”; e a terceira, a “Mesa de Lutas Antirracistas Populares e Periféricas”.

 

Em fevereiro, o SindJoRS fez a estreia da “Reportagem Especial”, sobre a cobertura do carnaval, com depoimentos de Renato Dornelles, Cláudio Brito, Liliane Pereira e sambistas da Bambas da Orgia e da Portela. Eles contaram sobre suas histórias de coberturas e de envolvimento com as escolas que desfilam na avenida. O vídeo pode ser visto no canal do Sindicato, no YouTube (@sindjors).

 

Em março, o “SindJoRS Destaca”, em homenagem ao mês da mulher, apresentou a jornalista pioneira na presença feminina e coberturas policiais, Luciamem Winck, que falou, também, sobre seu momento delicado de saúde, com o combate ao câncer (a colega do Correio do Povo já encerrou as sessões de quimioterapia e está bem de saúde). Ela se manteve em atividade, durante o tratamento, em home office.

 

Em abril, mês do jornalista, a entidade colocou no ar o “A Palavra é Tua – o podcast do SindJoRS”, que vai ao ar, pelo canal do Sindicato, no youtube, toda terça-feira, às 18 horas. A estreia foi um bate-papo com o jornalista, escritor e professor, Marco Antônio Villalobos, e seguiu com o também jornalista, escritor e professor Juremir Machado da Silva; o jornalista, escritor e cineasta, Renato Dornelles; a jornalista, diretora do SindJoRS e terapeuta ericksoniana, radicada em Genebra-SUI, Monica Cabañas; e o jornalista, professor e ex-presidente da Associação Riograndense de Imprensa – ARI, Luiz Adolfo Lino de Souza.

 

Um dos temas importantes para esta gestão do SindJoRS é a saúde metal e qualidade de vida do e da trabalhadora. Por isso, também no mês de abril, aconteceu a live “Assédio Moral e seu Impacto no Trabalho de Jornalistas”, com as presenças de Samira de Castro, presidente da FENAJ; Jose Ribeiro, coordenador de Geração de Conhecimento para a Promoção do Trabalho Decente da ONU/OIT/Brasil; e Jane Maria Reos, médica do Trabalho e assessora em saúde mental e trabalho da UFRGS.

 

Para encerrar o mês do jornalista, ainda em abril, foi ao ar, no canal do SindJoRS, no youtube, a segunda edição da “Reportagem Especial”. A personagem foi Carlos Henrique Esquivel Bastos, cuja história no jornalismo inclui a Rádio da Legalidade, nos porões do Palácio Piratini, entre outras atividades que o transformaram em um ícone do jornalismo e um mestre para todas as gerações que, por ele, passaram. Bastos também é integrante da Comissão de Ética do SindJoRS.

 

Maio, mês do trabalhador, marcou as presenças da presidenta Laura Santos Rocha e da diretoria e coordenadora regional do FNDC (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação), Kátia Marko, na instalação da Frente Parlamentar pelo Combate à Disseminação de Notícias Falsas e Comunicação Propositada de Desinformação, na Assembleia Legislativa do RS, quando foi debatida a PL 2630, Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet.

 

No “A Palavra é Tua”, o tema foi a PEC do diploma, e os entrevistados foram parlamentares comprometidos com o voto favorável à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição: deputado Lucas Redecker, e as deputadas Fernanda Melchiona e Maria do Rosário.

 

Em junho, o destaque ficou para o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que conversou com jornalistas, na sede da Missão Permanente do Brasil, em Genebra/SUI, onde falou sobre temas como mercado de trabalho, cooperações bilaterais e multilaterais do Brasil, tecnologia, reforma das leis do trabalho, juros, sindicatos e ratificação do convenio 190 da OIT, entre outros assuntos. Marinho estava naquela cidade participando da 111ª Conferência Internacional do Trabalho, CIT, da OIT, representando o governo brasileiro. O SindJoRS seguiu acompanhando a Conferência com a participação da diretora Mônica Cabanas.

 

Com o início das mesas de negociação da Convenção Coletiva de Trabalho – CCT, ainda em junho, no “A Palavra é Tua”, foram entrevistados o assessor jurídico do SindJoRS, Antônio Carlos Porto Jr.; a presidenta da entidade, Laura Santos Rocha; a médica do Trabalho, Jane Maria Reos; e a advogada trabalhista, Anna Luiza Marimon.

 

No mês de julho, o tema Faculdades de Jornalismo foi destaque do podcast “A Palavra é tua”, que recebeu, no estúdio do SindJoRS, o jornalista, professor e ex-presidente do SindJoRS e da Fenaj, Celso Augusto Schröder; a coordenadora do curso de Jornalismo da Unisinos, campus Porto Alegre, jornalista e professora Débora Gadret; e a jornalista e professora da Famecos – PUCRS, Cristiane Finger. O tema segue no mês de agosto. Nesta terça, 01.08, dia que marca um ano da gestão 2022/2025, vai ao ar o podcast com o jornalista e professor da Faculdade de Jornalismo da UniRitter, Roberto Villar Belmonte, a partir das 18 horas. Já programados estão: Marco Santuário, jornalista e professor da Feevale; e Sandra de Deus, jornalista e professora da Fabico-UFRGS.

 

Ainda em julho, foi publicada, no site do SindJoRS, uma entrevista especial comemorativa dos 80 anos, com a jornalista Vera Maria Spolidoro de Cuadrado. Formada em jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 1968, fez história no sindicalismo gaúcho ao ser a primeira mulher a presidir o SindJoRS, em 1986, e exercer esta função por dois mandatos consecutivos. A entrevista completa pode ser conferida AQUI.

 

Campanhas

O SindJoRS reconhece que, sem a presença do e da jornalista, na entidade, a categoria perde sua força combativa. Por isso, realiza campanhas de descontos na mensalidade e faz acordos para que os jornalistas desempregados, que tiveram dificuldade e atrasaram seus compromissos, possam retornar ao Sindicato que os representa. Também foram fechados mais convênios, que se somam aos que já eram oferecidos à categoria, em todas as áreas, com destaque à ampliação de atendimento jurídico com o escritório Direito Social. É importante que jornalistas venham para sua entidade de classe, participem das ações, deem sugestões, conversem com os integrantes da diretoria e se unam às lutas da categoria, que não são poucas. Historicamente, profissionais do jornalismo são atacados, constrangidos e humilhados, numa tentativa de desacreditar a profissão. Nossa luta é diária e necessária. Por mais que tenhamos sofrido, nos últimos anos, ninguém conseguiu nos desestabilizar, porque o nosso trabalho fortalece a democracia, é pilar da liberdade e é garantia de informação. Contamos com a presença de todas, todos e todes.

 

Futuro

Melhorar as condições de trabalho da categoria, aqui no Estado, é a prioridade número um desta direção, incluindo a unificação do piso salarial para toda categoria (capital e interior) e a aprovação da PEC do diploma. A saúde mental e qualidade de vida de jornalistas também merece destaque, com a diretriz de atuar fortemente por ambientes de trabalho livres de assédio e violência, pela implantação de ações que possam contribuir para a saúde e o combate a doenças. A criação de núcleos de Saúde e Qualidade de Vida, Formação, Cultura e Lazer, têm esse propósito e se unem aos coletivos Jurídico, de Comunicação e de Interiorização, além do fortalecimento dos núcleos já existentes de Jornalistas Afro-brasileiros, de Gênero e Diversidade, de Ecojornalistas, de Assessoria de Imprensa e de Aposentados. Para a presidenta do SindJoRS, Laura Santos Rocha, “os desafios dos movimentos sindicais que existem, hoje, principalmente após a reforma trabalhista, são enormes. Mas, ter a participação, a união e a dedicação desta diretoria nas diferentes ações propostas só fortalecem a nossa luta coletiva pela manutenção dos direitos já, historicamente, conquistados e para avançarmos ainda mais nas conquistas de outras importantes cláusulas sociais para as trabalhadoras e os trabalhadores jornalistas. Ganha toda a categoria neste importante trabalho colaborativo da gestão 2022/2025. Só assim, com uma diretoria fortalecida, e com a participação das e dos colegas, é que poderemos fazer muito mais!”

 

Sem imprensa livre não há Democracia!

 

Texto: Carla Seabra / 1ª vice-presidenta do SindJoRS