A onda de violência letal contra jornalistas na América Latina atinge números alarmantes em 2022. De acordo com monitoramento da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), ao menos 25 profissionais da mídia foram assassinados este ano na região.
O México lidera as estatísticas, com 15 jornalistas assassinados. Haiti (3), Honduras (1), Equador (1), Colômbia (2), Brasil (2) e Chile (1) também tiveram crimes — fazendo deste o ano mais letal para a imprensa latina.
Alguns desses assassinatos ainda têm a motivação sendo investigada e, segundo as polícias locais, não é possível afirmar que as mortes tiveram relação com o exercício do jornalismo.
Impunidade segue
Com altas taxas de impunidade, crimes do tipo nem sempre têm a motivação confirmada pelos responsáveis encarregados de investigá-los.
Em junho, a Unesco reforçou o alerta para a falta de resolução de crimes relacionados à imprensa. A agência nas Nações Unidas destacou um estudo de 2021 que aponta que 86% dos casos entre 2006 e 2020 permanecem sem solução.
Em outro levantamento publicado no Dia Internacional pelo Fim da Impunidade por Crimes contra Jornalistas, o Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ) trouxe um recorte mais assustador: na última década, cerca de oito a cada dez assassinatos de jornalistas no mundo não receberam qualquer punição.
O Brasil é um dos 12 países em que agressões à imprensa sem que os autores sejam responsabilizados se repete com frequência.
O assassinato do jornalista britânico Dom Phillips tem mobilizado as organizações que atuam em defesa do Jornalismo, incluindo a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), na cobrança por investigações céleres e aprofundadas, para que todos os responsáveis sejam devidamente punidos.
Fonte: Fenaj com informações do MediaTalks