Marcado para a próxima segunda-feira, dia 21 de outubro, na Unisinos, em São Leopoldo, o painel “Fake news, Eleições e Democracia” está com a presença confirmada de quatro palestrantes: Juremir Machado da Silva, Christa Berger, Lucio Uberdan e Guilherme de Azevedo. A mediação do evento, que ocorrerá no auditório do curso de Direito, a partir das 19h45, será do professor de Jornalismo da universidade Felipe Boff.

 

Organizado pelo Comitê Gaúcho do Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC), o encontro pretende debater com o público os três temas (fake news, eleições e democracia) que estão diretamente ligados ao bom convívio dos mais variados segmentos da sociedade.

 

“Fake news é a metástase da era da pós-verdade, o sintoma de uma patologia ética radical”, declara o jornalista, escritor, professor da PUC-RS, colunista do Correio do Povo e apresentador do programa Esfera Pública na Rádio Guaíba, Juremir Machado da Silva.

 

A jornalista, doutora em Ciências da Comunicação e professora aposentada da Ufrgs, Christa Berger, diz que, embora o fenômeno das fake news esteja associado às notícias falsas que circulam nas redes sociais para criar polêmica e incidir nas decisões políticas eleitorais, pretende trazer ao público exemplos de notícias falsas ou informação deturpada em outros suportes jornalísticos. “Em um tempo estendido criaram as condições para a distribuição das fake news que ameaçam a frágil democracia brasileira”, avalia a professora.

 

“O cenário é grave e preocupante para a nossa democracia. Nota-se que, além de mobilizada, a rede comunicacional de notícias falsas da ultradireita se qualifica, radicaliza e globaliza para garantir as condições mínimas necessárias para o avanço destruidor da gestão Jair Bolsonaro. Se tiverem sucesso, uma geração de brasileiros (os mais pobres) estará condenada, assim como as eleições de 2022 e a laicidade do Estado”, opina Lucio Uberdan, ativista digital e diretor da Bateia – Mineração de Dados, empresa especializada em análise de redes sociais para posicionamento político em ambiente de internet.

 

Para o professor de Direito da Unisinos, Guilherme de Azevedo, o principal desafio é regular as falsas notícias num olhar de prática nociva à democracia. A dificuldade de se enfrentar as desinformações são os instrumentos que dispomos, uma vez que estão ligados a um período de pré-ambiente digital.

 

“Alguns ainda tratam as fake news como a mentira na política, o que é um grande equívoco. Precisamos pensar políticas regulatórias, de como trabalhar uma educação para as mídias, que consiga dar respostas satisfatórias para evitar a contaminação de um processo eleitoral e o direcionamento a partir da encomenda, compra, financiamento de serviços de fake news. O desafio é combater tudo isso sem violar elementos de liberdade de expressão e como que vai funcionar em uma sociedade que apresenta um cenário de ambiência digital”, afirma Azevedo.

 

O público-alvo do evento são estudantes de Comunicação e comunicadores, movimentos sociais e entidades sindicais. O encontro conta com o apoio da Fabico, da Unisinos, do Movimento 3D – Democracia, Diálogo e Diversidade e da Associação de Juristas pela Democracia. Não há necessidade de inscrição prévia.

 

SERVIÇO

O que: Painel “Fake News, Eleições e Democracia”
Onde: Unisinos, em São Leopoldo
Local: Auditório Padre Bruno Hammes, no Centro de Direito
Quando: 21 de outubro – segunda-feira
Horário: 19h45


PALESTRANTES

  • Juremir Machado da Silva – Jornalista, escritor, professor da PUC-RS, colunista do Correio do Povo, apresentador do programa Esfera Pública, na Rádio Guaíba.
  • Guilherme de Azevedo – Professor e coordenador do curso de Direito da Unisinos, em Porto Alegre/RS. Doutor e Mestre em Direito Público pelo PPGD/Unisinos.
  • Christa Berger – Jornalista, doutora em Ciências da Comunicação e professora aposentada da Ufrgs.
  • Lucio Uberdan – Diretor da Bateia – Mineração de Dados, empresa especializada em análise de redes sociais para posicionamento político em ambiente de internet, voltada a prefeituras, entidades sindicais, organizações não governamentais e mandatos parlamentares.

 

Fonte: Imprensa/Sindjors