Logo após a publicação da NOTA DE REPÚDIO sobre as agressões a profissionais da imprensa, na quarta-feira (02/11), por parte dos manifestantes que apoiam o presidente Bolsonaro e não aceitam o resultado democrático das urnas, mais denúncias chegaram ao Sindicato de Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul – Sindjors.

 

Registramos, ontem, denúncias de ataques às equipes de reportagem do SBT-RS, da Bandeirantes RS e da RecordTV RS. Os e as profissionais procuraram o Sindjors para denunciar as agressões e disponibilizaram os vídeos e as notas das empresas. A orientação primeira do Sindicato é que seja registrado um Boletim de Ocorrência, na delegacia mais próxima, para agilizar as ações do sindicato.

 

Hoje, o Sindjors recebeu novas denúncias, de atos de violência também ocorridos ontem. A equipe de reportagem da RDC TV, que fazia a cobertura dos protestos, foi agredida quando fazia transmissão ao vivo, em frente ao Comando Militar do Sul, no Centro Histórico de Porto Alegre. O ato de violência, contra o repórter João Pedro Tavares e o cinegrafista Danúbio Germano, que estavam no local, resultou na queda imediata da transmissão, privando o público da informação. Em nota, a RDC TV informa que os profissionais passam bem e que foi registrado boletim de ocorrência à noite, na 2ª Delegacia de Polícia, onde ambos realizaram exames de corpo de delito. A empresa relata que todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas.

 

Já o Grupo RBS relatou que as intimidações aos profissionais, no exercício da profissão, começaram na terça-feira (01/11), quando houve tentativa de impedir que um repórter da Rádio Gaúcha fizesse a cobertura das manifestações na BR-116 e na ERS-040. No mesmo dia, manifestantes também intimidaram um repórter da RBS TV, em clara tentativa de impedir o trabalho da imprensa.

 

As denúncias só fazem fortalecer a luta do Sindjors pela defesa dos e das jornalistas e pelo livre exercício da profissão. Os ofícios da entidade, aos órgãos de segurança pública, solicitando pronta investigação e responsabilização dos responsáveis pelos atos violentos e antidemocráticos, também serão assinados pela Fenaj (Federação Nacional de Jornalistas), Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de Porto Alegre (Stigpoa), Sindicato dos Radialistas do Rio Grande do Sul, Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Estado (Arfoc/RS) e Associação Riograndense de Imprensa (Ari).

 

Reforçamos a orientação para que os profissionais da imprensa denunciem junto ao Sindjors e registrem Boletim de Ocorrência, para que possamos tomar as providências necessárias em defesa da liberdade de imprensa e pela integridade dos e das jornalistas.

 

Texto: Carla Seabra/Diretoria Sindjors