As eleições para a nova diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SINDJORS), que ocorrerão nos dias 16, 17 e 18 de julho, pela primeira vez, serão por votação eletrônica. O sistema on-line foi autorizado no Congresso Extraordinário, realizado no dia 23 de fevereiro, quando a categoria aprovou o novo regimento eleitoral da entidade. Além da votação eletrônica para a diretoria que assumirá o Sindicato para o triênio 2019/2022, o regimento apresenta outra alteração. Os jornalistas, para votar, necessitam regularizar o pagamento das mensalidades até 60 dias antes do pleito. O prazo final se encerra no dia 15 de maio.

 

O texto do regimento eleitoral, aprovado por unanimidade no Congresso Extraordinário, foi inicialmente elaborado com a colaboração da Assessoria Jurídica do Sindicato e debatido em reuniões por jornalistas representativos de associações, centrais sindicais, ex-presidentes da entidade e profissionais com experiência em Comissões Eleitorais.

 

Os dois aspectos mais importantes do novo sistema – alerta o assessor jurídico do SINDJORS, Antonio Carlos Porto – são a sua segurança e transparência, uma vez que o antigo processo era muito vulnerável e a circulação de urnas entre uma empresa e outra sempre foi motivo de preocupação. “Criava uma enorme burocracia, tornando imperiosa a abertura e o fechamento da seção eleitoral a cada deslocamento”, revela. Segundo ele, nem sempre formalidades essenciais eram corretamente cumpridas e o potencial de erros de boa-fé em atas e lacres era muito alto. “Tudo isso desapareceu, ou seja, as vantagens são imensas”.

 

Processo democrático e transparente

Para a ex-presidenta do SINDJORS, Vera Spolidoro, que participou dos debates para o ajuste do texto final do regimento, o voto eletrônico significa praticidade para o eleitor e para os organizadores da eleição. Única mulher a presidir a entidade nos seus 77 anos de existência, Vera destaca que o novo processo representa modernidade sustentável, já que elimina o uso de papel e economia de finanças, pois não exige uma série de gastos com o voto impresso. “Mas o mais importante é votar, escolher bem nossas lideranças e apoiá-las para melhorar a vida dos jornalistas”, enfatiza. Já, o jornalista e secretário de Comunicação da CUT/RS, Ademir Wiederkher, adianta que a votação eletrônica é um processo seguro, democrático e que facilita a participação da categoria, tanto ativos como os aposentados.

 

O representante da Associação Riograndense de Imprensa (ARI) na elaboração do regimento, Paulo Eduardo Barbosa Santos, ressalta que a atualização do sistema de votação torna o processo mais democrático, transparente e econômico. Santos lembra que a votação eletrônica apresenta uma série de vantagens em relação ao anterior. Mas a principal – defende – é não ter o local físico para votar. “Isso torna o processo mais democrático, permitindo que todos os jornalistas sindicalizados aptos a votar possam exercer o seu direito no seu local de origem”. O conselheiro da ARI diz que tal sistema elimina o processo logístico de toda eleição com abrangência de uma grande área territorial, que é o deslocamento das urnas e a impossibilidade de atender locais com pouca densidade.

 

Com a votação eletrônica, Santos afirma que a apuração poderá ocorrer tão logo as urnas sejam fechadas, sem a necessidade de ficar aguardando a chegada de urnas distantes, contagem em vários locais e o risco de resultados discutíveis. “A expectativa para esta eleição, com a implantação do novo sistema, é de um aumento da participação de votos em relação ao colégio eleitoral do Sindicato”, projeta.

 

Voto eletrônico tem todas as garantias

Advogado, jornalista e radialista do Grupo RBS, Cláudio Brito, é um entusiasta do uso dos meios eletrônicos para a realização da eleição, seja no Sindicato, numa associação, num clube e em qualquer dimensão. Ele cita clubes, como o Internacional e o Grêmio, entidades de classe, como a Associação Nacional dos Procuradores da República, e destaca que já estão trabalhando há algum tempo com a utilização da internet, da identificação por meio eletrônico, voto à distância mediante o uso de senha, totalização imediata após o encerramento da coleta dos votos. “Nenhuma dúvida a respeito dos meios eletrônicos para a eleição do nosso sindicato”, reforça.

 

Brito, que integrou a Comissão Eleitoral do SINDJORS na última eleição, e participa do mesmo processo na Associação do Ministério Público do RS, entidade a qual também está vinculado, aponta que o meio eletrônico tem todas as garantias e existem várias empresas no País especializadas na matéria. Para ele, adotar o voto on-line, fazer adequação da legalidade por regimento, estatuto, normas provisórias, temporárias ou o que o processo legal determinar é absolutamente correto. “Votação eletrônica já para o nosso Sindicato será um caminho e tanto para termos excelência, qualidade, modernidade e segurança”.

 

A empresa Eleja Online será a responsável pelo processo de votação eletrônica e irá fornecer software específico web e aplicativo mobile, infraestrutura e suporte necessário para o pleito. O contrato com a empresa foi assinado no dia 25 de março. A Eleja tem reconhecida experiência em processos eleitorais eletrônicos em sindicatos e conselhos e encaminhará aos associados do SINDJORS as instruções, por endereço eletrônico (e-mail) ou SMS para proceder a votação.

 

Fonte: SINDJORS