A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) solicitou aos Sindicatos filiados o envio dos relatos de casos de violência contra a categoria que tenham ocorrido em seu Estado, município ou região. As informações irão integrar o Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, edição 2022, que deve ser lançado em janeiro do próximo ano.

 

De acordo com a presidenta da entidade, Samira de Castro, o relatório já se tornou referência quando a questão é a violência contra jornalistas, “por ser o mais completo levantamento realizado”. “Isso somente é possível graças ao esforço coletivo da FENAJ e dos Sindicatos filiados”, pontua.

 

Para garantir, mais uma vez, a cobertura nacional que caracteriza o Relatório, a dirigente solicita aos Sindicatos que enviem à FENAJ relatos de casos que tenham ocorrido em suas bases. Os relatos devem ser enviados, impreterivelmente, até o próximo dia 21 de dezembro, para o e-mail fenaj@fenaj.org.br.

 

“Ressaltamos que não é preciso redigir um texto, mas pedimos que observem as seguintes informações: nome da vítima, dia e local da agressão, nome do agressor (se for identificado) ou pelo menos sua atividade e um breve relato do ocorrido”, acrescenta Samira de Castro.

 

Ações em defesa da categoria

A dirigente sindical reforça que, ao longo de mais esse ano ano, a FENAJ e os Sindicatos de Jornalistas denunciaram diversos casos de violência contra a categoria, manifestaram-se publicamente, repudiando as agressões e pedindo providências das autoridades constituídas e das empresas empregadoras. A Federação também orientou os Sindicatos a reforçarem medidas para garantir a segurança dos jornalistas na cobertura eleitoral no primeiro e no segundo turno. E disponibilizou um Guia digital de segurança à categoria.

 

“Além disso, em conjunto com mais 10 organizações de defesa da liberdade de imprensa, cobramos dos candidatos e dos partidos políticos, por meio de carta compromisso, o respeito ao trabalho dos jornalistas. Também monitoramos os ataques em meio aos protestos antidemocráticos e nos reunimos com o GT de Comunicação Social da equipe de transição do governo para sugerir medidas de segurança para o livre exercício do jornalismo no Brasil”, enumera a presidenta da FENAJ.

 

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