O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (Sindjors) recebeu a notícia de demissões na TVE e FM Cultura; foram sete pessoas e, sem coincidência, profissionais que não assinaram contrato firmado, em 11 de abril de 2019, entre o então Presidente do Sindjors, Milton Simas Júnior, e o então presidente do Sindicato dos Radialistas do RS, Silvonei Alex Nunes Benfica, com o Governo do Estado, diante do Tribunal Regional do Trabalho, impedindo qualquer demissão antes do trânsito em julgado das ações que correm desde a extinção da Fundação Piratini, que aconteceu em 05 de agosto de 2018. Em 24 de novembro de 2020, em reunião com os novos presidentes de ambos os sindicatos, Vera Daisy Barcelos e Ricardo Malheiros, o Governo do Estado garantiu o cumprimento do acordo e, também, de que não pretendia extinguir as emissoras, renovando a outorga e iniciando um processo de investimento em ambas, com a regularização do prédio da TVE e da FM Cultura, no Morro Santa Teresa.

 

Para chegar a esse acordo, em novembro de 2020, foram inúmeras reuniões, debates e assembleias com radialistas e jornalistas, servidores das duas empresas, que somavam 165 quando da extinção da Fundação. Os setores jurídicos dos dois sindicatos jamais desistiram de buscar garantias aos empregos destes servidores. Independente de filiação, o acordo atendeu a todos, já que o Sindicato trabalha pela categoria, em sua totalidade, filiados ou não. No entanto, nem todos os servidores escolheram assinar o contrato e sete deles foram desligados, tanto na TVE quanto na FM Cultura, nesta segunda-feira (15/03). O Sindjors lamenta profundamente, mas respeita as decisões individuais, já que os servidores tinham liberdade de assinar ou não o acordo.

 

Quanto vale a tua luta?
Nem todos os profissionais, que têm seus empregos assegurados, com o empenho dos sindicatos dos jornalistas e dos radialistas e suas assessorias jurídicas, são filiados. A pergunta é se uma mensalidade de R$ 35,00 vale a luta por garantias de direitos e, até mesmo, postos de trabalho. Uma luta feita por um grupo de pessoas, eleitas, para representar a categoria, que se coloca diante das empresas e instituições, lutando pelos direitos dos jornalistas, assegurando empregos e respeito às jornadas, brigando por melhores salários e por cuidados sanitários durante a pandemia, e garantindo o não fechamento de muitos postos de trabalho.

 

O Sindjors reafirma que a presença da categoria, na entidade, é fundamental para as conquistas reivindicadas. Sindicato forte é aquele que tem a representatividade de seu associado. Filiar-se e manter as mensalidades em dia é necessário para fortalecer as lutas dos jornalistas. Cada reivindicação feita por nós envolve profissionais do Direito, da Economia, empresas, taxas e outros custos que respaldam cada ação. No próximo mês de junho teremos a data-base do nosso acordo coletivo e já, agora, o início de uma negociação que, presume-se, não será fácil. Por isso, fica o convite para cada jornalista gaúcho se juntar a nós, filiando-se. Cada vez mais, precisamos ter um coletivo forte.

 

Texto: Carla Seabra/Diretoria Sindjors