Desde março, quando teve início o distanciamento social, no Brasil, em razão da pandemia de Covid-19, a sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors) está fechada ao atendimento externo. No entanto, a diretoria segue trabalhando, em teletrabalho, para atender a categoria, além de continuar lutando pelos direitos já adquiridos pelos jornalistas e negociando a manutenção dos empregos durante esse momento difícil economicamente.

 

Duas das conquistas mais importantes foram: a Convenção Coletiva de Trabalho Emergencial – Pandemia Covid-19 e a Convenção Coletiva de Trabalho 2020/2021, defendendo empregos, mantendo direitos e garantindo 100% do INPC de reposição salarial que foi renovada em 20 de abril último. Quanto à Convenção Emergencial, 263 profissionais foram atingidos com suspensão ou redução de carga horária e salários e todos os novos contratos passaram pela avaliação e revisão da assessoria jurídica do Sindjors que conta com a atuação do advogado Antônio Carlos Porto. Os acordos que não cumpriram as determinações exigidas na Convenção Emergencial foram devolvidos aos departamentos de recursos humanos das empresas.

 

Ainda sobre as reposições salariais ocorridas no mês de junho, o Sindjors também assinou o Acordo Coletivo de Trabalho 2020 das servidoras lotadas na Assessoria de Comunicação dos grupos CEEE GT e D, após a realização de várias sessões de mediação, por videoconferência, no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região. A Corsan é outra estatal que vem tendo acompanhamento do sindicato na prorrogação do atual acordo. Apesar da convenção emergencial Covid-19 buscar garantir a manutenção dos empregos, a entidade, apesar do seu empenho junto a representação patronal, reconhece que não foi possível evitar que acontecessem demissões. Para os jornalistas dispensados, Sindjors se colocou à disposição no acompanhamento das rescisões.

 

Novas sindicalizações, carteiras e registros
Da mesma forma, o Sindicato seguiu respondendo e orientando sobre o Registro Profissional da categoria que é feito, via online, no site do Ministério da Economia/Secretaria do Trabalho. Outra demanda constante, neste tempo de pandemia, é a solicitação da carteira profissional dos jornalistas – nacional e internacional – emitida pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e, também, a Certidão Negativa de Quaisquer Práticas de Infração Ético-Profissional, uma exigência para a inscrição nos concursos públicos com vagas para jornalistas. Focada em agregar, cada vez mais, a categoria, a entidade tem feito novas sindicalizações que contemplam, também, universitários cuja atuação pode ocorrer no Núcleo de Estudantes. O Sindjors também tem sido procurado pelos estudantes das faculdades de Comunicação do Interior e da Capital para entrevistas e consultas sobre diferentes temáticas (racismo, mulheres, ética, fakenews, etc).

 

Plataformas digitais, interiorização
Outra ação necessária, em tempos de maior exploração das plataformas digitais, foi a modernização do site e do sistema administrativo interno da entidade. E isso ganhou ainda mais importância, em função do volume de matérias produzidas, relacionadas à atividade sindical e matérias determinadas pelo GT de Comunicação do Sindjors. Foram aproximadamente 60 matérias publicadas durante esse período. A assinatura de uma Plataforma Digital para reuniões também proporcionou a primeira Assembleia Geral virtual, na história de 78 anos do sindicato. A diretoria, a exemplo da rotina presencial que seguia, continua realizando, agora virtualmente, reuniões semanais, além das reuniões dos grupos de trabalho (GTs).

 

A atual gestão busca reforçar os laços com o interior do Estado, realizando reuniões virtuais e planejando novas ações para fortalecer a categoria nas mais diversas cidades do Rio Grande do Sul. Por e-mail, vem acontecendo uma troca de correspondência entre jornalistas e diretoria do sindicato; e o e-mail também foi a ferramenta utilizada para que os profissionais pudessem se opor à Cota de Solidariedade, aprovada na Assembleia geral do dia 19 de abril. Uma ação que teve a efetiva participação dos delegados sindicais.

 

Vivemos a época das lives e dirigentes do Sindjors participaram de diferentes entrevistas sobre a conjuntura atual e o papel da imprensa. O sindicato, na esteira digital, realizou o primeiro Curso de Edição Audiovisual, em videoconferência, com o renomado professor Hopi Chapman. E já abriu inscrições para a segunda edição. Também foi importante a videoterapia para trabalhar com o estresse dos jornalistas em tempo de pandemia Covid-19, com a jornalista e terapeuta, Mônica Cabañas.

 

Finanças e cota de solidariedade
Financeiramente, não é novidade que os sindicatos passam por situação extremamente difícil. Não é diferente aqui no Estado. Por isso, a importância da Cota de Solidariedade e da filiação de novos companheiros de profissão, além da manutenção das mensalidades em dia. A luta sindical por melhores salários, condições de trabalho e direitos, além da volta da obrigatoriedade do diploma dependem de recursos, já que o Sindjors tem funcionários, assessoria de escritório de contabilidade, assessoria jurídica, além de custos permanentes com a sede física, no Centro Histórico de Porto Alegre, tais como condomínio, luz, água, material de escritório, etc. É importante o apoio e a participação dos jornalistas, na casa que lhes pertence e representa.

 

A diretoria, liderada por Vera Daisy Barcellos, está, desde julho de 2019, trabalhando com dedicação e empenho para o fortalecimento da categoria e, consequentemente, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul. Ela faz o convite: “sindicalize-se e venha lutar conosco”.

 

Fonte: Carla Seabra/Imprensa Sindjors