Uma parada cardíaca, provocada por um aneurisma cerebral, foi a causa da morte da jornalista Santa Irene Lopes de Araújo (Irene dy Oyá), tesoureira do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Porto Alegre (COMDIM/POA), Coordenadora de Comunicação do Fórum de Mulheres do Mercosul-RS, Assistente da Coordenação Nacional das Mulheres do Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana/RS e militante dos movimentos feministas e de esquerda, especialmente no PCdoB.

 

Natural de Santana da Boa Vista, formou-se em jornalismo pela Famecos, da PUCRS e também trabalhou no jornal Correio do Povo. Ela estava morando, provisoriamente, na praia de Magistério, no litoral norte, e, na sexta-feira, sentiu fortes dores nas costas. No sábado, tentou internação no hospital e não conseguiu, sendo transferida para a UPA, ainda no litoral.

 

Santa Irene iria completar 72 anos no próximo dia 05 de abril. Ela deixa a filha Maria Janaína L. de Araújo, o filho Iberê Lopes e o marido, Paulinho Araújo. O Sindjors, onde a jornalista compartilhou inúmeros momentos da vida e de lutas, lamenta profundamente a morte da companheira, e se coloca ao lado dos familiares nesse momento de dor. Santa Irene Lopes de Araújo dizia sempre que seguia buscando um mundo melhor, mais justo e solidário. Uma das citações favoritas dela é do nosso poeta Mario Quintana: “eles passarão, eu passarinho”. Santa Irene sempre estará na história de lutas dos jornalistas e nunca passará.

 

Texto: Carla Seabra/Diretoria Sindjors