O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS – Sindjors lamenta a morte de um dos principais ativistas da causa LGBTQI+ do Brasil, Alexandre Böer, que escreveu livros, dirigiu produções audiovisuais e se dedicava à divulgação artística em sua carreira jornalística.
Ocorrida na manhã desta segunda-feira (21/06), sua morte, por parada cardiorrespiratória, aos 57 anos deixa uma grande lacuna no RS, pois sua atuação inclusive internacional, iniciou com a fundação da Ong Somos.
Alexandre foi um dos primeiros coordenadores de políticas públicas para o segmento e o primeiro diretor de uma pasta voltada ao tema em Porto Alegre. Foi um dos idealizadores do programa Brasil sem Homofobia, executado pelo governo federal em 2004.
Ele também foi militante do movimento de Luta contra o HIV/Aids, com participação no Grupo de Apoio à Prevenção da AIDS (Gapa/RS). Como representante da Somos ele dirigiu a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) e a Associação Internacional de LGBTI+ (ILGA), chegando a acompanhar diretamente as articulações do movimento na ONU.
Ainda de acordo com nota da Somos, coordenou projetos de comunicação e acesso a direitos da população LGBTI e foi organizador das primeiras paradas livres, tendo idealizado também projetos como o “POA Noite Homens”, com informações sobre prevenção da Aids, distribuídas em bares e boates de Porto Alegre.
Teatro
Foi ator e diretor de teatro, tendo atuado em “Rômulo, o Grande” e “A Visita da Velha Senhora”. Produziu “Mulheres do Pau Brasil” e a versão do clássico infantil “Os Três Porquinhos”. Como funcionário público, dirigiu os teatros Renascença e Álvaro Moreyra no Centro Municipal de Cultura e o Teatro de Câmara Túlio Piva.
Texto: Rosa Pitsch/Diretoria Sindjors