Conselho de comunicação, concurso público e maior abrangência da rede pública de internet pautam as reivindicações

 

A presidenta do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul – Sindjors, Vera Daisy Barcellos, encaminhou, nesta segunda-feira, 19, aos candidatos e candidatas à prefeitura municipal de Porto Alegre uma carta de reivindicações em nome da categoria. O documento conta com as assinaturas, também, da Associação dos Comunicadores da Prefeitura de Porto Alegre (Asscom/Poa) e do Comitê Gaúcho do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).

 

No documento, o sindicato reivindica a garantia e o compromisso de cada candidato e candidata de seguir, no exercício do mandato, a pauta apresentada pelos jornalistas, que tem, como objetivo, oferecer reflexões sobre Comunicação Pública e Democrática. “Acreditamos na necessidade de se pensar numa Porto Alegre que dialogue com todos e com todas, nos mais diferentes e múltiplos bairros, das periferias ao centro, fortalecendo o exercício de uma comunicação ampla e plural”, destaca Vera Daisy.

 

Na pauta, a retomada imediata de atuação do Conselho Municipal de Comunicação (CMC), criado pelo Decreto nº 9426, em cinco de maio de 1989, mas arquivado na Câmara Municipal de Porto Alegre desde 2005. Além disso, o Sindjors sugere que seja realizado, com urgência, concurso público para Técnico em Comunicação Social, que aguarda há 21 anos o preenchimento de 56 vagas, dos 85 cargos disponíveis a este profissional, no município.

 

Em tempos de pandemia Covid 19, os problemas se amplificaram e a carta reforça a necessidade de que seja democratizado o uso da Internet, com acesso qualificado à rede, em todas as escolas públicas de ensino municipal, em bibliotecas e, em especial, nos espaços públicos comunitários. Nesse sentido, o sindicato demonstra preocupação com as mídias alternativas, tais como rádios, TVs comunitárias e jornais de bairros que têm sérias dificuldades no acesso à rede.

 

Um outro ponto destacado é a realização da segunda Conferência Municipal de Comunicação para que aconteça um debate aberto com a população e se fortaleça a interlocução com o poder municipal e as políticas públicas de comunicação. “Ao longo dos últimos mandatos municipais, percebemos que a comunicação pública não vem sendo priorizada. Os gestores não percebem o quanto a comunicação pode vir a ser uma ferramenta valiosa quando agregada ao planejamento e focada no interesse da população”, destaca a presidenta.

 

O Sindjors aguarda, agora, por manifestações dos candidatos e candidatas, a respeito da pauta elencada na carta de reivindicações, abrindo-se ao diálogo para a construção de uma relação de respeito entre o Executivo municipal de Porto Alegre e os jornalistas.

 

Leia aqui o documento.

 

Fonte: Carla Seabra/Imprensa Sindjors