Depois de cinco rodadas, comissão de negociação obteve avanços nas propostas econômicas e redução do escalonamento nas faixas salariais.

 

As diferenças devidas deverão ser pagas até a folha de julho, com pagamento até 5 de agosto, retroativas a 1º de junho, data-base da categoria.

 

Para quem recebe salário igual ao Piso Salarial: 11,90%, ou seja, 100% do INPC, em duas parcelas:
Capital: 5,95% em junho de 2022 – R$ 2.957,78 e 5,62% em janeiro de 2023 – R$ 3.123,89
Interior: R$ 2.518,63 (junho 2022) e R$ 2.660,08 (janeiro 2023)

 

Para quem recebe salário acima do Piso e até 5.000,00: 9,52% (80% do INPC) em duas parcelas: 4,76% em Jun/22 e 4,54% em Jan/23

 

Para quem recebe salário a partir de 5.000,01: 8,33% (70% do INPC), em duas parcelas: 4,17% em Jun/22 e 3,99% em Jan/23

 

As diárias de viagem passam a ser de R$ 71,78 e o Auxílio Creche de R$ 349,25.

 

Em 13 de junho, no início da negociação, a patronal oferecia apenas 80% do INPC: 9,6% para os jornalistas que recebem o Piso; 60% INPC para quem ganha do Piso até R$ 4 mil; 40% INPC: 4,8% de R$ 4 mil até R$ 6 mil e apenas um valor fechado de R$ 285,60, em duas vezes, para salários a partir de R$ 6 mil.

 

Com a pressão e as argumentações apresentadas pelos diretores negociadores do Sindjors nas agendas de negociação, a patronal cedeu e, no dia 06 de julho, chegou ao INPC integral para os jornalistas que ganham o Piso Salarial.

 

Foi um bom acordo, salienta a presidenta do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS – Sindjors, Vera Daisy Barcellos, comparando o resultado com o cenário das negociações salariais. De acordo com análise do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômico (Dieese) das negociações com data-base em maio, 54,5% dos reajustes ficaram abaixo da variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE).

 

Rosa Pitsch, diretora do Sindjors, que construiu a proposta da data-base 2022-2023, aprovada em assembleia geral, propõe que a luta pela unificação dos Pisos da Capital e Interior, que não teve avanço nesta mesa de negociação, precisa ser retomada e reforçada pela categoria. “Apesar de derrubada pela patronal, a tese de unificação do Piso Salarial para profissionais que desempenham suas atividades na Capital e nas cidades de Caxias do Sul, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Rio Grande e Pelotas, a proposta não será abandonada pelo Sindjors e voltará à Mesa de Negociações no próximo ano”, salienta.

 

Também participaram das negociações a 1ª Vice-presidenta, Laura Santos Rocha, o 2º Vice-presidente, Pedro Guilherme Dreher, a Tesoureira, Silvia Fernandes e a 1ª Secretária, Carla Seabra.

 

Texto: Rosa Pitsch/Diretoria Sindjors