O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS – Sindjors vêm a público lamentar a morte de Rosvita Saueressig Laux, integrante de sua diretoria de 1977 a 1980.

 

Com 70 anos, a jornalista sofria há um ano de complicações de saúde e faleceu nesta terça-feira, 17, em São Paulo. Ela deixa o marido Ney e os filhos Carlos e Guilherme, noras e netos.

 

Formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufgrs), sua trajetória profissional foi iniciada na Folha da Manhã, em 1971. Insatisfeita com a falta de espaço na imprensa ela juntou-se com outros colegas da Folha, entre eles José Antônio Vieira da Cunha, Osmar Trindade, Euclides Torres, Elmar Bonés e Jorge Polydoro, organizando uma das mais expressivas cooperativa de jornalistas do Brasil, a Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre Coojornal (1974 a 1983).

 

Na cooperativa, ela participou da edição do Coojornal, um mensário que tinha em sua pauta assuntos banidos pela imprensa convencional: cassações de mandato, tortura, regimes autoritários e anistia, entre outros. O jornal sobreviveu oito anos, sofrendo muita pressão do regime militar e teve quatro de seus jornalistas presos, entre eles Rosvita Saueressig Laux.

 

Ela foi detida, em 1981, em função da censura do regime militar no Presídio Estadual Feminino Madre Pelletier pela publicação de uma reportagem sobre o combate do Exército à guerrilha do Araguaia.

 

Rosvita teve uma passagem como chefe de reportagem pela TVE e foi assessora do jornalista Ruy Carlos Ostermann, que foi deputado estadual entre 1982 e 1986. Também foi professora no curso de Jornalismo da Famecos/PUC, em Porto Alegre.

 

Especializou-se em jornalismo econômico e, em São Paulo, atuou por muitos anos como editora da Gazeta Mercantil, até ser convidada para dirigir a área de Comunicação do Credicard. Em 2000, participou da fundação do Valor Econômico, onde atuou como coordenadora de Projetos Especiais e dirigiu a área comercial do jornal, sendo responsável ainda pela revista Valor Setorial.

 

Ela também se destacou como fundadora da Creche Pé de Pilão, criada para abrigar os filhos de jornalistas que tinham dificuldades de horários e não encontravam vagas nas maternidades convencionais.

 

Texto: Rosa Pitsch/Diretoria Sindjors