O Sindicato de Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SindJoRS) e a Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) vêm a público repudiar veementemente a ação violenta e truculenta da Guarda Municipal de Porto Alegre que resultou na agressão da deputada estadual Laura Sito, que é jornalista e que estava, em razão de seu mandato, presente no local acompanhando a mobilização popular por moradia em ocupação na Rua dos Andradas. É inadmissível que qualquer pessoa e em especial de movimentos sociais que já sofrem pela situação em que se encontram, jornalistas e parlamentares, como no caso da deputada, sejam agredidos sem que sequer seja estabelecido diálogo, como é possível verificar nas imagens da ocasião. Movimentos sociais e profissionais não podem ser criminalizados como vêm ocorrendo principalmente nos últimos anos. É preciso que polícias sejam objeto de respeito e não de medo e temor de preconceito, e isso só vai acontecer se houver uma mudança de orientação que venha desde a sua administração.

 

A deputada estadual Laura Sito (PT) estava no local e relatou ter sido atingida por balas de borracha. “Estávamos como Comissão de Direitos Humanos acompanhando a ocupação. O secretário da Habitação (do município) André Machado estava no local negociando, quando chegaram as marmitas, que seriam distribuídas. A GCM não deixou entregar, impedindo fisicamente e, quando os apoiadores insistiram, passaram a reprimir com gás e balas de borracha”, relatou a deputada.

 

A ocupação “Rexistência”, recém instalada na região central da capital gaúcha, foi organizada pelo Movimento Nacional de Luta pela Moradia e estava negociando a sua permanência no local de forma pacífica. Esperamos que o prefeito de Porto Alegre determine a revisão de procedimentos na guarda de sua responsabilidade.

 

Federação Nacional de Jornalistas
Sindicato de Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SindJoRS)

 

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