O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (Sindjors) manifesta pesar pelo falecimento do jornalista, professor e escritor gaúcho, Walter Galvani da Silveira, 87 anos, ocorrido hoje (29/6), de parada cardíaca. Internado no Hospital Mãe de Deus, após uma queda na rua, Galvani já apresentava problemas cardiológicos.

 

Profissional de grande expressão, no jornalismo, foi ganhador de prêmios da Associação Rio-grandense de Imprensa (ARI) e de várias outras entidades, por sua atuação jornalística e literária. Cidadão Honorário e Emérito de Porto Alegre, sócio benemérito da ARI, também foi ganhador do Troféu Negrinho do Pastoreio (2002), do Prêmio Erico Veríssimo, da Câmara Municipal de Porto Alegre, pelo conjunto de sua obra (2000) e um prêmio internacional, o “Casa de Las Américas”, de Cuba (2001).

 

Natural da cidade de Canoas, Walter Galvani consolidou uma carreira de mais de 60 anos no jornalismo, iniciada com a fundação do jornal Expressão, em 1954. No ano seguinte, começou a trabalhar no jornal Correio do Povo, tendo atuado em todos os veículos de comunicação da Empresa Jornalística Caldas Júnior. Trabalhou, também, na Rádio Gaúcha, Rádio Pampa, Revista do Globo e nos jornais canoenses O Momento e O Timoneiro, na revista Rua Grande, de São Leopoldo, e no jornal A Razão, de Santa Maria. Foi colaborador do Clarín, de Buenos Aires, e da revista Tópicos, de Berlim. Atualmente, escrevia para os jornais ABC Domingo, do Grupo Editorial Sinos, para o Diário Popular, de Pelotas, e apresentava comentário sobre Literatura, dentro do programa Guaíba Revista.

 

Ocupante da Cadeira de número 25, da Academia Rio-Grandense de Letras, Galvani foi integrante do Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul e lecionou Teoria da Comunicação, no curso de jornalismo da Universidade de Caxias do Sul.

 

É autor dos livros “Brasil por linhas tortas” (1970), “Informação ou morte” (Editora Sulina, 1972), “Andanças e contradanças” (Imagem & Ação, 1974), “A noite do Quebra-Quebra” (Editora Mercado Aberto, 1993), “Um século de poder – os bastidores da Caldas Júnior” (Editora Mercado Aberto, 1994), “Olha a Folha – amor, traição e morte de um jornal” (Editora Sulina, 1996), “Nau Capitânia – Pedro Álvares Cabral, como e com que começamos” (editora Record, 1999), “Anacoluto do princípio ao fim” (Editora Record, 2003) , “Feira da Gente” (Câmara Rio-Grandense do Livro, 2004), “Crônica – o vôo da palavra” (Editora Mediação, 2005/2006), “O prazer de ler jornal – da Acta Diurna ao Blog” (Editora Unisinos, 2008) e “Dolly Mudou a minha vida”, em forma de entrevista com a empresária Christiane Campello Costa (AGE). Participou de várias antologias, como “Paz – um vôo possível” (Editora AGE, 2004) e “100 autores que você precisa conhecer” (L&PM, 2007).

 

Texto: Silvia Fernandes/Diretoria Sindjors com informações da Academia Rio-grandense de Letras e do jornal Correio do Povo