A cidade de Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre, está em luto oficial, por três dias, declarado pelo prefeito Marco Alba. Na manhã desta sexta-feira (18/12), o jornalista e advogado Marco Antônio Kraemer, de 77 anos, sofreu um mal súbito, enquanto dormia, e morreu. Kraemer foi repórter no Correio do Povo, onde cobriu o exército brasileiro durante 15 anos da ditadura militar; e chegou a diretor de redação do jornal, depois de uma pausa como assessor dos governos dos generais Ernesto Geisel (1974-1979) e João Figueiedo (1979-1985). Ele foi, também, diretor de comunicação da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), presidente da Empresa Brasileira de Notícias (EBN) e assessor na Dimed Distribuidora de Medicamentos. Kraemer foi o primeiro funcionário contratado pela General Motors, em Gravataí, onde chegou a diretor. Há pouco mais de dez anos, passou a função para a filha Daniela. Aposentado, atuou, ainda, como advogado.

 

O Sindjors lamenta a morte prematura do jornalista e se coloca ao lado dos familiares neste momento de extrema dor. Nas redes sociais, amigos e colegas lamentaram a morte de “uma das figuras mais queridas e generosas do jornalismo gaúcho”, de acordo com o jornalista Eugênio Bortolon. O ex-presidente do Sindjors, Celso Augusto Schröder, colega de Marco Antônio, no Correio do Povo, publicou que “era daqueles bons sujeitos, era um democrata e republicano que honrou o jornalismo”. Para o jornalista Ricardo Azeredo, Kraemer foi “uma das pessoas mais admiráveis que conheci nesta profissão”. E completou: “equilibrado e decidido nos momentos de crise, sempre tinha uma palavra de estímulo e foco”.

 

O jornalismo gaúcho fica com o legado de extrema ética deixado por Marco Antônio Kraemer.

 

Texto: Carla Seabra/Sindjors