Em assembleia virtual realizada na segunda-feira, 11/04, foi aprovada a Pauta de Reivindicações para a Negociação Coletiva 2022/2023 do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS – Sindjors

 

A presidenta do Sindicato Vera Daisy Barcellos avaliou que a plenária foi bastante atuante e classificou como muito positiva e assertiva a participação dos jornalistas presentes em seus questionamentos. “Estamos otimistas com a condução da negociação pelas propostas inovadoras que apresentamos e que a categoria elogiou, reconhecendo o esforço que esta direção vem fazendo”.

 

Na ocasião, os presentes na sala concederam plenos poderes à diretoria para conduzir o acordo com a classe patronal e ainda aprovaram por unanimidade a Cota de Solidariedade, com o desconto correspondente a 03 (três) dias de salário, sendo meio dia a cada dois meses, a serem repassados ao Sindjors pelas empresas. Seus recursos servirão para o custeio da negociação coletiva e da manutenção financeira da entidade e da estrutura sindical.

 

Os jornalistas autorizaram ainda os dirigentes do Sindjors a instaurarem Dissídio Coletivo, caso fracassem as negociações, bem como reconvir caso ajuizado pela patronal.

 

Em sua explanação o assessor jurídico Antônio Carlos Porto Junior fez uma retrospectiva das três negociações anteriores feitas, segundo ele, nas condições mais adversas como a de 2020, com a reforma trabalhista, e a de 2021 em plena pandemia. Ele lembrou que os patrões chegaram a ameaçar a jornada especial de cinco horas. Enfatizou, no entanto que a meta do “Nenhum Direito a Menos” utilizada nas negociações visou preservar as conquistas dos jornalistas.

 

Uma resenha das principais propostas foi apresentada pela diretora Rosa Pitsch, que observou que em 2021, 47,7% das negociações realizadas por diversas categorias alcançaram apenas índices de reajuste salarial abaixo do Índice de Preços ao Consumidor (INPC). Também de acordo com indicativos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) 36,6% obtiveram aumentos iguais ao INPC e somente 15,8% acima do mesmo, “mostrando uma conjuntura bastante difícil a ser enfrentada na mesa com os sindicatos que representam as empresas”.

 

Texto: Rosa Pitsch/Diretoria Sindjors