O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul – Sindjors lamenta a morte de Ercy Pereira Torma, provocada por um infarto, na manhã desta quarta-feira (28/04).

 

Natural de Rio Grande, sul do Estado, Torma, nascido em 24 de agosto de 1934, começou a carreira em 1952, na cidade natal, como colaborador no jornal semanal Cruzeiro do Sul, escrevendo sobre cinema, esportes e curiosidades. Com um texto impecável, acabou sendo revisor das matérias dos colegas, que sempre recorriam a ele. Também escrevia sobre esportes no jornal da cidade, igualmente sem remuneração. Passou, ainda, pela Rádio Cultura Riograndina, pela Rádio Minuano, pelo jornal O Peixeiro (semanário que era distribuído gratuitamente nos cinemas), e o jornal Agora.

 

Em 1968, Torma veio para Porto Alegre e a primeira oportunidade, na capital, foi nos Diários Associados, onde começou na editoria de polícia. Depois, passou pela Rádio Difusora, Rádio Gaúcha e Zero Hora, onde ficou por 25 anos, até 1994. No jornal, passou pela editoria de polícia, geral, saúde e justiça. Da Zero Hora seguia para a Rádio Gaúcha, de onde não tinha hora para sair – só ia embora quando terminasse o programa. Na diretoria da ARI (Associação Riograndense de Imprensa), onde chegou à presidência da entidade (1996 a 2006), Ercy passou a conviver com as prisões dos jornalistas na época da ditadura. Bom estrategista, ele passou por esse período da história sem grandes dificuldades. Depois da aposentadoria, o jornalista seguiu com a paixão pelo jornalismo, participando do “Conversa de Jornalista”, transmitido diretamente do Bar da ARI pela Rádio da Universidade 1080 AM, e atuando nas redes sociais. Ercy Pereira Torma integrou a Comissão de Ética do Sindjors, de 1998 a 2013, passando por diversas diretorias e participando ativamente da vida sindical.

 

Curiosidade a respeito da paixão pelo jornalismo
Quando ainda estudante do colegial, Ercy praticava seu texto impecável escrevendo cartas apaixonadas para as namoradas dos colegas, sob encomenda. O jornalista passou boa parte da vida registrando frases suas em cerca de sete agendas.

 

O Sindjors perde um parceiro de lutas, um jornalista ético e comprometido com a verdade, um amigo de todos. O sindicato se coloca ao lado da família de Ercy – a esposa Nívia e os filhos de seu primeiro casamento, Janine, Jeferson e Juvane, neste momento de profunda tristeza.

 

O velório começa às 17 horas e o enterro será amanhã, quinta-feira (29/04), às 10h30min, no cemitério Jardim da Paz.

 

Texto: Carla Seabra/Diretoria Sindjors