O Sindicato de Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SindJoRS) acredita que informação correta e de qualidade é um direito de todo o cidadão. A emergência em saúde, no país, em razão da Dengue, além dos óbitos, renovou as fake news, em torno de medicamentos e vacinas. É preciso combater com ações e informação.

 

O Brasil está vivendo, neste início de 2024, uma epidemia de Dengue, com decreto de emergência em saúde em diversos Estados. No Rio Grande do Sul há um considerável aumento de casos, com 2.534 confirmados e duas mortes, a última delas confirmada nessa terça-feira (06/02). Além dos números alarmantes, nas redes sociais já há a disseminação de fake news, a respeito da ivermectina, um antiparasitário que chegou a ser defendido como solução à pandemia de covid-19, e que, de acordo com o Ministério da Saúde, também não é eficaz em diminuir a carga viral da dengue. Em nota, o Governo Federal afirma que “não reconhece qualquer protocolo que inclua o remédio para o tratamento da doença” e, alertou que “disseminação de fake news, principalmente quando se trata de um cenário epidemiológico que pede atenção, é extremamente perigoso”. Por estas razões, o SindJoRS se soma à Campanha Nacional de Combate a dengue.

 

A população gaúcha ainda não terá acesso à vacina, na rede pública, porquanto somente Acre, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal decretaram emergência em saúde pública. Arita Bergmann, secretária de Saúde do Rio Grande do Sul, explicou, nessa terça-feira, que o Estado não planejou a compra de doses do imunizante Qdenga, produzido pela farmacêutica Takeda, porque aguarda o Ministério da Saúde. Disse, ainda, que a vacina está disponível na rede privada.

 

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, fez um pronunciamento, em cadeia de rádio e tv, na noite de terça-feira, convocando a população brasileira, governos, estados e municípios para uma mobilização de enfrentamento à doença. “Precisamos redobrar os cuidados com as nossas casas e em volta delas. Cerca de 75% dos focos estão dentro de casa” disse a ministra.

 

Com a chegada do feriado de carnaval, é importante, tanto para quem vai viajar quanto para quem ficar em casa redobrar a atenção e se proteger da proliferação do mosquito Aedes aegypti, que é o transmissor da dengue, Chikungunya e Zika. Frear o avanço da doença requer um esforço conjunto, com ações que fazem toda a diferença.

 

MEDIDAS DE PREVENCAO

  • Tampar as caixas d’água
  • Descartar o lixo corretamente
  • Manter as vasilhas de água dos animais sempre limpas
  • Guardar garrafas e pneus em locais cobertos
  • Retirar água acumulada dos vasos e plantas e colocar areia nos pratos
  • Limpar bem as calhas de casa
  • Não acumular sucata e entulhos
  • Usar repelente e de roupas claras
  • Cobrir os grandes reservatórios de água, como as piscinas, e remover do ambiente todo material que possa acumular água (garrafas pet, latas e pneus)
  • Limpar ralos e canaletas externas
  • Deixar lonas usadas para cobrir objetos bem esticadas, para evitar formação de poças d’água
  • Atenção com plantas que podem acumular água, como bromélia e babosa;
  • Receber bem os agentes de saúde

 

PRINCIPAIS SINTOMAS DA DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA

  • Dores musculares e nas articulações
  • Febre alta e/ou persistente
  • Manchas vermelhas na pele
  • Dor de cabeça ou atrás dos olhos
  • Diarreia e/ou dor forte na barriga
  • Pressão baixa
  • Náusea e vômitos frequentes
  • Agitação ou sonolência
  • Sangramento espontâneo
  • Diminuição da urina
  • Extremidades frias

 

*Fontes de informação: Ministério da Saúde do Brasil/Secretaria Estadual da Saúde RS