O Fórum Social das Resistências (FSR) 2022 teria seus encontros presenciais de 26 a 30 de janeiro. Em função do momento sanitário que vive o país, em especial da Região Metropolitana de Porto Alegre, a organização do FSR decidiu transferir as atividades presenciais para o período de 26 a 30 de abril, véspera do 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora.

 

No entanto, foram mantidas várias atividades previstas, durante janeiro e fevereiro, com convidados nacionais e internacionais, para discutir as pautas e as agendas de lutas em comum, que serão realizadas de forma virtual, através de salas de Zoom e transmissões pelo Facebook e Youtube, com o lema “Democracia, Direitos dos Povos e do Planeta”.

 

“Queremos levar para a Assembleia Geral de Convergências, no dia 21 de fevereiro, as principais pautas da classe trabalhadora, com destaque para a valorização do trabalho, do emprego e da renda, do combate à fome e à miséria, do desenvolvimento do país com indústria forte, investimentos em educação e saúde, serviços públicos de qualidade e garantia de soberania alimentar e nutricional com fortalecimento da agricultura familiar”, defende o pesidente da CU-RS, Amarildo Cenci.

 

 

Para ele, o FSR é estratégico para a defesa dos direitos da classe trabalhadora. “Enquanto movimento social e sindical, temos uma tarefa para o próximo período. Como interlocutores da negociação de direitos, esse é o grande instrumento. Não podemos aceitar que o Estado Brasileiro e o sistema capitalista queiram tutelar a autonomia e a organização dos trabalhadores e suas lutas”, enfatiza.

 

Destaques na programação

Nesta quinta-feira (27), às 18h, a CUT-RS e centrais sindicais promovem o painel “Lugar da classe trabalhadora na reconstrução do Brasil e os desafios para derrotar o bolsonarismo”. Os debatedores serão o sociólogo Clemente Ganz Lúcio (assessor do Fórum das Centrais Sindicais) e o jornalista Altamiro Borges (presidente do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé).

 

As inscrições podem ser realizadas através do e-mail da Secretaria-geral da CUT-RS (cut.rs@cutrs.org.br) ou pelo WhatsApp (51) 99581.5797, informando nome e entidade.

 

 

Na sexta-feira (28), às 17h, será realizada a Assembleia de Convergência das Mulheres “Feminismo e Resistência – Desafios 2022”. A atividade é organizada pela CUT-RS, centrais sindicais, partidos, movimentos sociais e contará com a participação de lideranças femininas de Cuba, Chile e Argentina. No encontro, as entidades irão definir um documento de convergência.

 

No sábado (29), às 14h, acontece a “Ação sindical pela garantia de direitos para trabalhadores vítimas da Covid-19”. O evento é promovido pela CUT-RS junto com a Associação Nacional em Apoio e Defesa dos Direitos das Vítimas da Covid-19, dentre outras entidades parceiras.

 

A secretária-geral da CUT-RS, Vitalina Gonçalves, salienta a importância da luta das mulheres. “Estamos na organização da Assembleia de Convergência das Mulheres. É um espaço de debate sobre os desafios de 2022. São mulheres organizadas, na luta, na resistência, no combate ao machismo e na busca por políticas públicas”, ressalta.

 

 

O que é o FSR?

O Fórum Social das Resistências é um evento que se insere nos processos do Fórum Social Mundial. Através de assembleias de convergências e de atividades autogestionadas, movimentos e organizações sociais debatem a articulam as formas de resistência criadas pelos movimentos culturais, ambientais, políticos e sociais no Brasil e na América Latina.

 

As atividades discutem as causas das crises, apresentam propostas e organizam iniciativas. O objetivo da programação virtual é identificar pontos de consensos e a construção de uma agenda comum de lutas para o próximo período.

 

Confira a programação completa aqui

 

Fonte: CUT-RS com Brasil de Fato RS – Fotos: Arquivo / CUT-RS

 

Leia também:

Confira a agenda de lives do Fórum Social das Resistências 2022 que o BdF RS vai transmitir