O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grade do Sul – SindJoRS segue com as negociações para fechar acordo da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2023/2024. Na 3ª mesa, a diretoria argumentou sobre a necessidade de inclusão do capítulo dedicado às jornalistas mulheres.

 

O encontro aconteceu na última quinta-feira (06), de forma virtual, e a surpresa foi quando os sindicatos patronais (Rádio/Tv e Jornais/Revistas) abriram a reunião dizendo que não tinham condições de discutir as cláusulas porque estavam impactados com a nova lei (Lei 14.611/2023, que trata da igualdade salarial e outras providências), em razão das pesadas penalidades e que precisavam, antes, fazer um trabalho de conscientização junto às empresas. Solicitaram, também, que esse tema fosse postergado para convenções futuras. A presidenta do SindJoRS, Laura Santos Rocha, contra-argumentou que são absolutamente necessárias as cláusulas de defesa da saúde e dos direitos das jornalistas mulheres e fez questão de apresentar o capítulo e os argumentos para cada cláusula. Diretoras e diretor presentes, representando jornalistas de todo o Estado, após a leitura, colocaram as próprias experiências em tela, impactando os representantes dos patrões (todos homens).

 

O segundo ponto foi a contraproposta do SindJoRS para o reajuste. A primeira foi de 100% do INPC, mais aumento real, totalizando 6% linear (sem diferenciação de faixas salariais) para toda a categoria, em parcela única. Os patrões contra ofereceram 50% do INPC, em duas parcelas, para toda a categorial (o que totalizaria cerca de 1,7%). Nesta 3ª mesa de negociação, o SindJoRS, então, contrapropôs reajuste de 5,5% em parcela única e linear para toda a categoria.

 

Nova mesa de negociações está marcada para a próxima quinta-feira (13), quando outras cláusulas, que sofreram alguma alteração de redação, serão colocadas para discussão e aprovação, além da aguardada contraproposta patronal para o reajuste. A diretoria do SindJoRS e o assessor jurídico, Antônio Carlos Porto Jr., estão trabalhando na CCT 2023/2024 desde dezembro do ano passado e fará o possível para assinar a convenção coletiva de forma consensual, com os sindicatos patronais, evitando a necessidade de acionar a Justiça do Trabalho para mediar as negociações.

 

Texto: Carla Seabra | Diretoria SindJoRS