O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SINDJORS) repudia a atitude do Ministério Público na distribuição de informações para os veículos de comunicação. Nesta terça-feira, dia 18, uma postagem no site do MP-RS deixou perplexos jornalistas e profissionais de todo Estado e de outras cidades do Brasil.

 

A notícia tratava de uma condenação inédita por crime de estupro virtual, envolvendo um estudante de Medicina, porém o órgão deixava claro o alerta, entre parênteses, de que deveria “(Esperar ZH dar”).  ZH é o jornal Zero Hora pertencente ao Grupo RBS.

 

Para o SINDJORS, o fato é profundamente lamentável e antiético, uma vez que o setor de Assessoria de Imprensa, de qualquer segmento, não deve privilegiar um ou outro veículo de comunicação. Assim como a entidade combate o monopólio nas comunicações, defende que ouvintes, leitores e telespectadores devem ter acesso as informações públicas de forma isonômica, jamais beneficiando A ou B.

 

“É um desrespeito sem igual no jornalismo. Já havíamos visto situação semelhante quando ocorreu uma diligência na casa do então deputado Jardel, ocasião em que somente um profissional do mesmo grupo de comunicação estava presente. Questionamos o MP e a reposta foi de que o jornalista descobriu a ação e por coincidência estava no mesmo local e horário da ação (sic). O MP silenciou quando fizemos denúncia de abusos de autoridade quando um jornalista, em pleno exercício da profissão, foi preso e encaminhado para o Presídio Central. O respeito, a ética, a transparência e a imparcialidade foram jogados no lixo neste dia 18 de dezembro pelo MP-RS”, opina o presidente do SINDJORS, Milton Simas.

 

O Sindicato também irá avaliar a sua permanência como integrante do corpo de jurados do prêmio de jornalismo promovido anualmente pelo MP.

 

Fonte: Imprensa/SINDJORS