O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul – Sindjors -, por meio do Núcleo de Gênero e Diversidade, repudia veementemente mais um ataque contra as mulheres, desta vez com uma tentativa de intimidação, da Corregedoria Nacional de Justiça contra a juíza do Trabalho, Valdete Souto Severo, aqui de Porto Alegre. É inadmissível que as instituições que representam os brasileiros não garantam os direitos constitucionais dos cidadãos e cidadãs.

 

A juíza, no artigo “Por que é possível falar em política genocida no Brasil em 2020?” – sobre a morte de mais de 84 mil pessoas e mais de 2,2 milhões de infectados pelo coronavírus – publicado no site “Democracia e mundo do trabalho em debate”, analisou que “é possível falar de uma política genocida no Brasil hoje. O governo segue, em meio à pandemia, não apenas editando regras que concretamente pioram a vida das pessoas, impedindo-as, em alguns casos, de continuar vivendo, como também deliberadamente deixando de aplicar recursos de que dispõe, no combate à pandemia”. A Corregedoria Nacional de Justiça instaurou um pedido de providências com relação ao conteúdo do texto.

 

O Núcleo de Gênero e Diversidade do Sindjors reafirma a defesa da Constituição Federal de 1988, colocando-se ao lado da Central Única dos Trabalhadores, neste episódio de ataque à juíza Valdete Souto Severo. Em nota, a CUT expressa que “nestes tempos obscuros que atravessamos, é preciso reafirmar a luta pelo direito à vida, pelo estado democrático de direito, pelo respeito às liberdades civis, pelas garantias fundamentais e pela defesa dos direitos trabalhistas e sociais. Não se admitem perseguições, punições ou qualquer outro meio de intimidação ou cerceamento para quem diz a verdade e defende uma sociedade democrática e com direitos”.

 

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Fonte: Carla Seabra/Imprensa Sindjors com CUT/RS