Com intensa mobilização de diferentes setores e comunidades da Capital e Interior, o Plebiscito sobre as Privatizações no Rio Grande do Sul – Diga Não à entrega do Nosso Patrimônio – abre, a partir deste sábado, 16, até o dia 24 de outubro, suas urnas físicas e a votação via plataforma digital DECIDIMR. Para participar da votação online acesse o site https://decidimrs.com.br e faça o seu cadastro, informando nome, apelido, e-mail e senha. O objetivo do Plebiscito é ouvir a população sobre as propostas de privatizações das empresas públicas do Estado, por parte do governo Eduardo Leite (PSDB).

 

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS – Sindjors, que integra o Comitê Estadual, reforça o chamado a sua Categoria para participar desse processo democrático em defesa do patrimônio público, participando das manifestações contra a privatização dos serviços públicos, entre eles a Corsan – Companhia Riograndense de Saneamento. Além da Corsan – os organizadores defendem que a água é um direito humano – estão, ainda, na lista do Governo Estadual para privatização: Banrisul, Procergs, Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e a Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás).

 

O Plebiscito Popular – Diga Não à Entrega do Nosso Patrimônio – vem sendo organizado, sob a liderança da CUT/RS, há mais de 90 dias pelos sindicatos, centrais sindicais, movimentos sociais, federações de trabalhadores e trabalhadoras e, a cada dia, vem ganhando novas adesões. A diretora Eliane Silveira representa o Sindjors no grupo que integra a coordenação estadual do evento. Ela destaca que esta ação democrática e comunitária vem servindo de alerta, ao longo do tempo da construção do plebiscito, para que as pessoas percebam “o impacto que as privatizações terão em suas vidas. A entrega das estatais à iniciativa privada e ao capital internacional mostrará, com o tempo, que é o povo quem vai pagar a conta com tarifas mais caras e com cortes dos serviços quando não conseguir pagar”.

 

120 URNAS EM NOVE TERRITÓRIOS DA CAPITAL

Para alcançar a população das comunidades que não têm acesso à internet, a coordenação do Comitê Municipal do Plebiscito dividiu Porto Alegre em nove territórios para colocação de 120 urnas para a votação em pontos estratégicos dos bairros, agregando, nesta tarefa, lideranças dos movimentos sociais e comunitários. De acordo com a ex-vereadora Maria Celeste, que é uma das integrantes da coordenação do Comitê, os pontos da Cidade definidos e abertos à votação, a partir deste sábado, 16, até domingo, 24, são: Centro e Ilhas, Zona Norte, Zona Leste, Lomba do Pinheiro, Glória/Cruzeiro, Zona Sul, Restinga, Humaitá/ Navegantes, Partenon e Morro da Cruz.

 

Para Maria Celeste, esta ação organizada de levar as urnas de votação ao encontro da população é de significativa importância por tudo que o Plebiscito e a Primavera da Democracia representam. “Ouvir os moradores sobre um tema tão relevante como as privatizações de serviços essenciais é fundamental. Ao levar as urnas aos territórios mapeados, especialmente na periferia, significa ampliar a possibilidade de votação, especialmente para aqueles e aquelas que não acessam ou têm dificuldades de se ligar à Internet”, complementa.

 

 

Texto: Vera Daisy Barcellos/Presidenta Sindjors