O jornalista e historiador, falecido no dia 13 de outubro, aos 94 aos, deixa importante lacuna no meio intelectual gaúcho e enluta especialmente o cenário jornalístico. Com uma trajetória parte dedicada à vida literária e à carreira no Ministério Público do Rio Grande do Sul, Sérgio da Costa Franco teve extensa lista de crônicas e textos históricos publicados em diversos jornais. Também foi autor de cerca de 30 livros, entre eles o “Em Cena os Presidentes – De Deodoro a Bolsonaro”, editado em 2020, que se ressalta pelo cenário político trazido à atualidade.

 

Vencedor do Prêmio Açorianos de Literatura (2005), ele também foi agraciado com o Prêmio Joaquim Felizardo (2009) e se notabilizou pela publicação de importantes obras como “Júlio de Castilhos e Sua Época” (1967). Notório pesquisador da memória de Porto Alegre, Costa Franco também foi promotor de justiça em Porto Alegre e em diversas cidades como Encantado, Quaraí, Soledade e Erechim, tendo sido promovido a Procurador de Justiça em 1976.

 

Filho de Gilda Werneck da Costa Franco e do juiz Álvaro da Costa Franco, o historiador, nascido em Jaguarão, era formado em Geografia e História pela Ufrgs, e exerceu o jornalismo desde 1949, sendo ainda membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, onde foi presidente, e também integrante do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

 

O ilustre advogado estava internado desde o início do mês no Hospital Moinhos de Vento devido a uma trombose, contraiu coronavírus e não resistiu a um quadro de insuficiência cardíaca. Viúvo, ele deixa cinco filhos, 11 netos e três bisnetos.

 

Texto: Rosa Pitsch/Diretoria Sindjors