“Os movimentos sociais devem fazer plantão no Congresso Nacional, para que não haja nenhum avanço na aprovação da Medida Provisória 905/2019, pela qual o governo federal quer acabar com o registro profissional de 14 profissões!”

 

Com esta chamada aos trabalhadores, o senador Paulo Paim (PT) recebeu, em Canoas, na manhã da terça-feira (17/12), um grupo de dirigentes da Frente dos Sindicatos Integrados em Defesa das Profissões, para apoiar e esclarecer posição sobre a MP 905/2019.

 

O senador, que tem se manifestado em diferentes ocasiões, na tribuna federal, pela defesa dos direitos dos trabalhadores, considera “a escrita e o encaminhamento da MP em referência, um crime igual a tantos outros cometidos pela administração Bolsonaro. E o que consta dela são alterações de conteúdos de mais de 135 artigos da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e da Constituição brasileira”, afirmou o senador Paim. Para ele, há definições absurdas que “são o bode da sala”, como o pagamento aos patrões, de 7% dos valores a serem recebidos pelos desempregados. “Esses são elementos disseminados pelo governo para desestruturar a rotina da vida das pessoas que vivem de seus salários”, comentou o parlamentar gaúcho.

 

A presidenta do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Rio Grande do Sul (Sindjors), Vera Daisy Barcellos Costa, disse ao senador, e reforçou aos presentes, que “a luta na defesa dos Jornalistas e seus registros profissionais cassados pela MP 905, desde o dia 12 de novembro, vai além do momento presente, de garantias da qualidade da formação profissional. Pois há perspectiva de perdas consideráveis e o que devemos ter em mente é o futuro dos jovens que estão se formando agora”. Vera Daisy comentou sobre a repercussão negativa que a aprovação da Medida Provisória deverá causar, não só com a perda de seus registros profissionais, como também a perda de muitos direitos conquistados, ao longo da história; e, por isso, “a luta coletiva de vários sindicatos pode ser a saída para se criar novas possibilidades de fortalecimento”.

 

O representante da Associação Riograndense de Imprensa, Vilson Romero, que tem acompanhado frequentemente as audiências, na capital federal, sobre a MP 905, reafirmou a necessidade de união de forças com todos os parlamentares gaúchos, que compõem a bancada federal, no sentido de fortalecer a oposição aos partidos que apoiam o governo e são favoráveis à medida.

 

Já para os representantes dos Sociólogos, a professora da Ufrgs, Rosinha Carrion, e o sindicalista Salvatore Santagada, a criação da Medida Provisória é completamente negativa para a categoria que representam, pois desqualifica a formação e as possibilidades de exercício de suas funções como suporte a toda a sociedade. Também integraram o grupo de sindicalistas, pelo Sindjors, os diretores (ex-presidente e atualmente representante da Federação Nacional dos Jornalistas) Milton Simas Junior, Rosa Pitsch, Neusa Ribeiro e Rubem Pires Junior, este último da Assessoria de Imprensa do senador.

 

O senador Paulo Paim colocou-se disponível para compartilhar informações e acompanhar a Frente dos Sindicatos Integrados em Defesa das Profissões atingidas pela MP 905: jornalistas, radialistas, publicitários, secretários, sociólogos, atuários, artistas, técnicos em espetáculos, secretariado, guardador e lavador de carro e arquivistas. Ele destacou a importância de se fazer mobilizações para o acompanhamento da votação da MP 905/19, em princípio marcada para o dia 05 de fevereiro de 2020, no Congresso Nacional, em Brasília.

 

Fonte: Neusa Ribeiro/Imprensa Sindjors 

 

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