A CUT-RS, centrais sindicais, movimentos sociais e partidos políticos de esquerda sairão às ruas nesta terça-feira, 8 de Março, Dia Internacional das Mulheres. O slogan que unifica os atos em todo o Brasil é “Pela Vida das Mulheres, Bolsonaro Nunca Mais! Por um Brasil sem machismo, racismo e fome”.

 

Em Porto Alegre, a programação terá início às 12h, na tenda Elza Soares, que será instalada no Largo Glênio Peres. Haverá rodas de conversas e trocas de experiências até o final da tarde. Às 18h, será realizado um ato na Esquina Democrática, seguido de caminhada até o Largo Zumbi dos Palmares.

 

Também estão previstas manifestações no interior gaúcho.

 

Em Rio Grande ocorrerá um ato, às 16h, no Largo Dr. Pio. Em Santa Maria acontecerá um ato, às 17h, na Praça Saldanha Marinho. Em São Leopoldo haverá concentração e ato na Praça do Imigrante seguido de caminhada.

 

Já em Erechim teve um dia de atividades neste domingo (6), a partir das 8h30, na sede recreativa do SindiAlimentação.

 

Heverá ainda distribuição de panfletos da CUT-RS, que destaca as principais lutas das mulheres. “Nós temos alternativa para superar tudo que as mulheres estão passando. É hora de construir um projeto democrático e inclusivo”, aponta o material.

 

Clique aqui para acessar o PDF do panfleto

 

Dialogar com as trabalhadores formais e informais

A secretária-geral da CUT-RS, Vitalina Gonçalves, defendeu a importância de as mulheres estarem nas ruas. “É a abertura da agenda de lutas das mulheres em 2022, com muita potência. Somos aquelas que abrem as portas das resistências, das lutas e das mudanças de ciclo.”

 

 

“A nossa voz incomoda e, por isso, a primeira ação de todos os governos autoritários é calar a nossa voz, matando nossos corpos, retirando nossos espaços, acabando com os conselhos de controle social e participação das mulheres”, destaca.

 

Vita defende que precisamos dialogar com as trabalhadoras formais e informais “no momento em que centenas de mulheres morrem de fome, morrem por violência, morrem vítimas do suicídio, por não terem pão para alcançar aos seus filhos. Morrem porque os homens acham que os nossos corpos são propriedades, por conta de uma sociedade patriarcal e machista. Não é à toa que as mulheres são o maior número da população que está desempregada e subempregada”.

 

Nas ruas, nas redes e nas urnas

A secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-RS, Ana Cruz, chama todas as mulheres e todos os homens para que participem das atividades. “O ano inicia com a luta das mulheres. Temos uma programação bem intensa para demarcar a defesa da vida das mulheres.”

 

“Somos mulheres do campo e da cidade e estaremos reunidas para fazer uma troca de experiências. Com a pandemia, o impacto maior está sobre as mulheres, com a falta de emprego, diminuição da renda, aumento da fome e da violência”, enfatizou Ana Cruz.

 

 

A participação das mulheres nas eleições também estará em pauta. “2022 é um ano de eleição. Nós temos a oportunidade de trocar o presidente e dizer ‘Bolsonaro Nunca Mais’ e fora Bolsonaro e a sua política genocida, de morte e de privilégios. Nós temos a oportunidade de renovar e mudar também os espaços legislativos. Estamos lutando para que nós, mulheres, possamos conquistar uma maioria. Temos a oportunidade de virar a chave. Precisamos transformar nossa maioria populacional em maioria nos espaços de poder”, ressalta Vita.

 

Ana Cruz aposta na força das mulheres. “Vamos dar o nosso recado nas redes, nas ruas e nas urnas porque a gente não quer mais esse governo genocida, que acabou com as políticas de proteção às mulheres. Estamos na luta, no combate à violência, à LGBTfobia e ao feminicídio que está aumentando. Basta de violência com as mulheres e basta de opressão e exploração”.

 

Mais mulheres nos espaços de poder

A secretária-geral adjunta da CUT-RS, Cleonice Back, salienta que “o mês de março é um período em que a gente sempre olha para a história, para as lutas e para as conquistas das mulheres. Tivemos avanços importantes para as mulheres na agricultura familiar. Mas, sem dúvida, temos um período de muita resistência e muitos desafios”,

 

 

“O grande desafio é construir a nossa organização enquanto mulheres. Uma das nossas metas é trabalhar a nossa organização, através dos coletivos, discutindo muito a participação das mulheres nos sindicatos, porque na Agricultura Familiar temos um baixo índice de mulheres agricultoras sindicalizadas. Também queremos mais mulheres nos espaços de direção dos sindicatos. É importante as mulheres serem sócias dos sindicatos, estarem nos coletivos e, muito mais, estarem assumindo espaços de poder e decisão nos sindicatos, na sociedade e na política”, enfatiza Cleonice.

 

Programação em Porto Alegre

A CUT-RS, através do Projeto CUT com a Comunidade, realizará um café da manhã reforçado para as mulheres trabalhadoras informais de cinco galpões de reciclagem, nas regiões Farrapos, Humaitá e Centro. O objetivo é valorizar o trabalho dessas mulheres em situação de vulnerabilidade social nas periferias da Capital

 

Confira a programação completa!

 

– 11h: Arrecadação de alimentos e absorventes. Parceria 8M/Comitê Popular/FSR – 2022

 

No Largo Glênio Peres:

– 12h às 13h: Acolhimento e organização da tenda Elza Soares;

– 13h às 14h: Mesa – Troca de experiências sobre combate à fome e miséria, com trabalho digno no campo e na cidade;

– 14h às 14h30: Intervenção cultural;

– 14h30 às 15h30: Mesa – Defesa da Democracia, Controle Social e Participação Popular, na Defesa das Políticas Públicas;

– 15h30 às 16h: Intervenção Cultural;

– 16h às 17h: Mesa – Combate à Violência Política de Gênero, Racismo Estrutural, LGBTfobia e Feminicídio;

– 17h: Preparação para a marcha com mística e saudações.

 

Na Esquina Democrática:

– 18h: Concentração para ato, com saudações;

– Intervenção cultural e início da caminhada até o Largo Zumbi dos Palmares.

 

No Largo Zumbi dos Palmares:

– Saudações e apresentação da bateria da Escola de Samba Imperatriz Leopoldina.

 

Fonte: CUT-RS