Todos os dias para as mulheres são de luta e de resistência para as suas demandas. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SINDJORS) conclama todas e todos para refletir. O 8 de março, Dia Internacional da Mulher, não é uma data de comemoração. Apesar dos avanços do movimento feminista, ainda são necessárias muitas conquistas. As mulheres representam 51,48% da população brasileira, ocupam 44% das vagas do mercado de trabalho e respondem pelo sustento da família em 37,3% dos lares. Mas ainda recebem salários inferiores aos homens, ocupam menos cargos de chefia, representam a maioria somente em funções de menor valor, são vítimas de assédio moral, sexual e violência no local de trabalho. Também têm dupla ou tripla jornada de trabalho. E, principalmente, serão as mais prejudicadas com a reforma da Previdência.

 

Alguns dados ainda são mais alarmantes. As jornalistas brasileiras são majoritariamente mulheres brancas, solteiras, com até 30 anos. O valor da aposentadoria recebido por elas é, em média, 32% menos que o deles. Elas recebem, em média, 13% a menos que eles no mercado de trabalho, e quanto mais escolarizadas, maiores as diferenças. Poucas mulheres ocupam cargo eletivo no Brasil. Nosso país está na 3ª pior posição entre os países do continente americano neste quesito.

 

Por isto este mês de março deve ser marcado pela reflexão. Como mais um período de luta e resistência contra os ataques e os retrocessos sistemáticos aos direitos sociais e trabalhistas que atingem, principalmente, as mulheres. Precisamos também unir forças. Recarregar energias. E mostrar que nós, jornalistas, também estamos preocupadas com a defesa das nossas conquistas. Mais do que comemorar precisamos lutar.

 

Para trocar experiências e sensibilizar a alma neste momento, convidamos todas e todos para estarem no Largo Glênio Peres para se integrarem à programação do dia 8 de março, organizada pela CUT, CTB, MST, movimentos sociais e sindicatos parceiros.

 

Na capital gaúcha, as atividades serão concentradas, ao longo de todo o dia, no Largo Glênio Peres, em frente ao Mercado Público. Ainda na madrugada, às 6h, terá início a instalação de um lonão e barracas de entidades, que contarão com especialistas para prestar atendimento gratuito às mulheres, desde casos de assédio sexual e violência doméstica até esclarecimentos sobre aposentadoria e reforma da Previdência.

 

Haverá também três painéis de debates, apresentações culturais, tribuna livre e uma feira orgânica da reforma agrária e de artesanato. Ao final da tarde será realizado um ato na Esquina Democrática.

 

Confira a programação

7h30: Feira Orgânica da Reforma agrária

 

8h: Café da Manhã

 

10h: Painel – Feminicídio, violência contra as mulheres e direitos reprodutivos

– Dra. Liliane Braga Luz de Oliveira, Núcleo de Defesa da Mulher da Defensoria Pública;

– Misiara Oliveira, secretária estadual das mulheres do PT/RS;

– Renata Jardim, advogada e assessora institucional da Themis;

– Dra Camila Giugliani, médica de família, integrante do Fórum Aborto Legal e do grupo Musas.

 

12h30: Painel – Reforma da Previdência: impactos na vida das mulheres trabalhadoras do campo e da cidade

– Deputada federal Maria do Rosário (PT-RS);

– Deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS);

– Bernadete Menezes, diretora da ASSUFRGS;

– Abigail Pereira, dirigente do PCdoB;

 

14h30: Apresentação de Roberta Moura

 

15h: Painel – Soberania alimentar e Defesa dos Territórios

– Mãe Carmen de Oxalá, da Assobecaty de Guaíba;

– Cibele Kuss, pastora luterana da IECLB;

– Suelen Gonçalves, integrante da Frente Brasil Popular e do MNLM

 

16h: Livraço

– Deputada estadual Sofia Cavedon (PT/RS)

 

17h30: Ato pela Vida das Mulheres Trabalhadoras

Concentração: Esquina Democrática

 

19h: Caminhada

 

 

Fonte: SINDJORS com informações CUT-RS