A força dos jornalistas mantém o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (Sindjors) na luta pela categoria, desde 1941. Força, esta, que conta, há 50 anos, com Juarez Fonseca, um dos mais importantes críticos de música do país, e que completou seu Jubileu de Ouro, no final de 2020. Foi no dia 1º de novembro de 1970, que ele obteve o registro profissional, sob o número 3351. E, até hoje, milita pela categoria, emprestando conhecimento, consciência e determinação à entidade que o representa.

 

Os sindicatos de trabalhadores só resistem pela força dos seus filiados, já que é para a categoria profissional que representam que o movimento sindical ainda sobrevive a estes tempos difíceis e sombrios da política nacional. A luta é por direitos, mas também é econômica. E se debate sobre essa batalha, que deve ser travada independente da política. Impossível. É inevitável que a luta por direitos trabalhistas ande lado a lado com a luta ideológica. As vertentes são debatidas, na busca de uma alternativa que estanque a exploração do trabalho, permitindo a apropriação da riqueza pelos proprietários dos meios de produção. Esse debate existe desde a criação dos sindicatos, até hoje. São eles o último reduto para a defesa de direitos do trabalhador. Esse é o lado.

 

Juarez Fonseca, nosso jubilado de ouro, vem travando, conosco, essa luta, incansavelmente. Nascido em 1946, em Canguçu, sul do Estado, formou-se jornalista pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Colaborou e colabora com diversos veículos da imprensa alternativa nacional, além de veículos como Folha da Tarde e Zero Hora. Juarez também é pesquisador da música brasileira, produtor de discos e shows. Foi coordenador de Música da Secretaria da Cultura de Porto Alegre, em 87 e 88 (gestão do prefeito Alceu Collares) e membro do Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul. Autor da biografia do trovador Gildo de Freitas (Tchê/RBS), participou dos livros Sombras e luzes Um olhar sobre o século (Samrig/L&PM), Gaúchos Líderes e vencedores do Século XX (Assembléia Legislativa/Federasul) e das antologias Nós, os gaúchos e Sobre Porto Alegre (ambas da Editora da Universidade). Pela L&PM publicou Ora bolas – o humor de Mario Quintana, que apresenta pequenas histórias sobre o poeta contadas por amigos, familiares e conhecidos. Em ZH, é editor e colunista de música desde 1972 a 1996 e de 2013 até hoje. No Sindjors, foi diretor nas gestões de Lauro Hagemann e de Fernando Goulart e foi membro do Conselho de Ética.

 

O Sindjors parabeniza o jornalista Juarez Fonseca, pelos 50 anos de carreira, e agradece profundamente pela confiança e apoio recebidos, pela luta diária que trava, junto à categoria, e pela história construída na cultura do nosso Estado e do nosso país.

 

Texto: Carla Seabra/Imprensa Sindjors