Depois do golpe de Estado e da reforma Trabalhista do ilegítimo Michel Temer (MDB-SP), a informalidade do mercado de trabalho brasileiro atingiu o mais alto patamar da série histórica iniciada em 2012 pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com os dados da pesquisa, divulgada na quinta-feira (dia 31), pelo IBGE, ao invés de emprego decente como o governo do ilegítimo dizia que a reforma traria, o que vem batendo recordes são as taxas de informalidade. E o que comprova o aumento das taxas são:
1) a redução no número de trabalhadores e trabalhadoras com carteira assinada que, no ano passado foi de 32,9 milhões;
2) o número de empregados sem carteira assinada no setor privado, excluídos domésticos, que chegou a 11,2 milhões; e,
3) o número de trabalhadores por conta própria que chegou ao maior nível na série histórica, com 23,3 milhões, pouco mais de um quarto do total da população ocupada no país.
“Esses números refletem uma tendência que vínhamos observando, do aumento da informalidade se opondo à queda na desocupação”, explica o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
Além da informalidade, aumentou também o total de trabalhadores e trabalhadoras subutilizados, que chegou a 27,4 milhões em 2018, o maior valor da série.
Taxa de desemprego caiu em 2018, mas ainda é 90% maior do que em 2014, antes do golpe
Já a taxa média de desemprego caiu de 12,7% em 2017 para 12,3% em 2018, o que significa 12,8 milhões de trabalhadores e trabalhadoras fora do mercado de trabalho no ano passado. O número é 90% maior do que em 2014, quando total de desempregados era de 6,7 milhões.
Entre os grupos de atividades, a agricultura, indústria e construção apresentaram as menores participações na série. O aumento da informalidade influenciou, em parte, o crescimento nas áreas de serviços domésticos, comércio, alimentação, transporte e outros segmentos.
Fonte: Marize Muniz/AGÊNCIA BRASIL