No dia 16 de fevereiro, Dia do Repórter, o SindJoRS celebra todos os profissionais que se desafiam, diariamente, para levar os fatos e a verdade à população. Ao longo da história, os repórteres já enfrentaram – e continuam enfrentando – censura, ataques, agressões e perseguições política, militar e policial, arriscam suas vidas diante de criminosos e ainda combatem as fake news. Tudo isso enaltece, ainda mais, a importância do trabalho do repórter para oferecer a boa informação.
Neste dia que homenageia os repórteres, o SindJoRS fez um bate-papo com a delegada sindical da entidade, junto a RecordTV RS, a repórter Mel Albuquerque, diplomada pela Faculdade dos Meios de Comunicação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul –FAMECOS.
SindJoRS – Mel, na faculdade você já pensava em ser repórter?
Mel – Eu comecei a trabalhar ainda como estudante, na TV Pampa, onde aprendi muito. Foram cinco anos, como produtora, editora e até editora-chefe, mas eu alimentava, sim, o sonho da reportagem, para contar histórias que poderiam mudar a vida das pessoas, estando mais próxima delas. Foi assim que comecei no SBT-RS, onde trabalhei por um ano e, desde fevereiro de 2019, estou na TV RECORD.
SindJoRS – Qual a reportagem que mais te marcou ?
Mel- A reportagem que mais me marcou foi a cobertura da morte do menino Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, que foi dado como desaparecido pela mãe, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, e pela companheira dela, Bruna Nathieli Porto da Rosa. Eu estive durante uma semana, na região, onde ocorreram as buscas pelo corpo do menino, no Rio Tramandaí, em Imbé, no Litoral Norte aqui do estado. Os desdobramentos revelados pela polícia, o envolvimento da mãe e da companheira dela, no crime, até encontrarem o corpo, tornaram o caso a cada dia ainda mais triste e cruel. Miguel além de ter sido medicado e ter o corpo jogado no rio, pela própria mãe, já vivia num ambiente de extrema violência.
SindJoRS- Na tua opinião, quais os requisitos que um bom repórter precisa ter?
Mel- Repórter tem que estar bem informado, ter boas fontes, ouvir sempre os dois lados de uma denúncia , checar as informações e jamais se contentar com o “fecha com o que tem”. O trabalho nas ruas não pode ser solitário, quem pensa na pauta, quem aprova, quem marca as entrevistas, todos os envolvidos têm que ter o mesmo compromisso com a notícia. Um bom repórter não se faz sozinho, ele precisa ter uma boa equipe, na rua e dentro da redação.
O SindJoRS, ao destacar uma de suas delegadas sindicais, que ainda exerce a função de repórter, parabeniza todas e todos repórteres do Rio Grande do Sul.
Texto: Viviane Finkielsztejn/ diretoria SindJoRS