Reforçar o Jornalismo como instrumento de luta, denúncia e resistência é a chamada da Carta de Fortaleza, marco do encerramento do 38º Congresso Nacional dos Jornalistas, realizado de 22 a 24 de agosto, na capital do Ceará. O evento foi organizado pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), em parceria com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindijorce). No documento, os participantes denunciam “o forte ataque do Governo às politicas públicas e aos direitos sociais e trabalhistas; a incitação ao ódio e à violência; o forte ataque às instituições de ensino, com a supressão de verbas; o menosprezo aos direitos humanos e a venda do patrimônio nacional ao capital estrangeiro”. O documento também fortalece um dos princípios da luta de muitos anos dos jornalistas, que é a democratização da Comunicação. E, por fim, a carta reforça o que foi o mantra diário do evento: intensificar o fortalecimento das entidades sindicais, com o chamamento intenso da categoria, visando novas formas de atuação para o enfrentamento da crise que ora se apresenta.
Reinventar e resistência foram as duas palavras que marcaram este congresso, que teve como chamada “afirmar o Jornalismo e o papel dos Jornalistas: função social, viabilidade econômica e desafios da profissão”. A representação do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (SINDJORS), no Congresso, foi de Vera Daisy Barcellos, presidenta, que encerrou mandato na presidência da Comissão Nacional de Ética, e do delegado Milton Simas Júnior,atual tesoureiro do sindicato e integrante do recém-eleito Conselho Fiscal da FENAJ. No sábado à noite, ocorreu a cerimônia de posse da diretoria da FENAJ que tem na presidência Maria José Braga, em segundo mandato, e da qual participam, ainda, os representantes do SINDJORS, José Nunes e Celso Augusto Schröder.
Temáticas
O evento, que contou com uma expressiva participação de universitários, apresentou oficinas sobre Podcast, Jornalismo de Dados e os painéis: Comunicação Pública na era da hiperinformação; Internet e (des)informação: desafios para o presente; Jornalismo de proximidade e os desafios da profissão fora dos grandes centros; Contrarreformas trabalhista e previdenciária: luta e resistência do movimento sindical dos jornalistas; Jornalismo de proximidade e os desafios da profissão e O Jornalismo e a retomada da democracia no Brasil.
Por indicativo e iniciativa do presidente do Sindicato dos Jornalistas de Goiás, Jorge Curado, foi criado um grupo de articulação dos sindicatos de jornalistas, com a proposta de trocas de informações e experiências de como sanar dificuldades, enfrentar crises financeiras e administrativas e buscar soluções para este momento que a presidenta Maria José Braga, em suas falas, diagnosticou como “a servidão do trabalhador e a devastação do mundo do trabalho”, valendo-se do pensamento do escritor e especialista em temas que envolvem o trabalho Ricardo Antunes.
Leia a matéria da FENAJ (“Sigamos em luta na defesa do Jornalismo e da democracia”, convoca mesa de abertura do 38° Congresso dos Jornalistas) clicando aqui.
Nova diretoria da FENAJ tomou posse no 38º Congresso Nacional dos Jornalistas.
Fonte: Sindjors com Fenaj