Os movimentos e coletivos feministas, a CUT-RS, centrais sindicais e partidos de esquerda realizam no próximo sábado, 4 de dezembro, mobilizações em todo o Brasil pelo impeachment de Jair Bolsonaro, contra a fome, a miséria, o machismo, o desemprego e a violência. Em Porto Alegre, a concentração para o ato será realizada às 16h, na Praça do Tambor, próxima à Usina do Gasômetro.

 

A palavra de ordem é “Bolsonaro Nunca Mais!”. E razões para isso todas as mulheres têm de sobra. Além de ser um péssimo gestor, que colocou a economia do país no buraco, com altas taxas de desemprego e inflação, aumento da fome e da miséria, Bolsonaro é o presidente mais machista da história do Brasil.

 

Vamos derrotar Bolsonaro

Para as mulheres da CUT, a luta contra a fome e a miséria são centrais, urgentes e inadiáveis e pressupõem a saída de Bolsonaro da presidência da República.

 

“Nós, mulheres da classe trabalhadora, mulheres cutistas, mulheres negras, mulheres indígenas, mulheres trans, estaremos mais uma vez nas ruas no dia 4 de dezembro, as quais sempre ocupamos para dizer – Ele Não e Fora Bolsonaro – e pedir impeachment já. E agora estaremos nas ruas para dizer: Bolsonaro Nunca Mais”, afirma a secretária-geral da CUT-RS, Vitalina Gonçalves.

 

 

“Chega de todas as formas de violência, chega de fome, desemprego e mortes e mais mortes de mulheres em todo o país. Vamos derrotar Bolsonaro. Venha conosco para as ruas. Bolsonaro nunca mais. Ele Não! Fora Bolsonaro!”, ressalta a dirigente sindical.

 

É preciso reagir

A secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Juneia Batista, reforça a convocação. “Não dá para ver pessoas passando fome e não reagir exigindo medidas urgentes, políticas e investimentos públicos que gerem emprego e renda”, salienta ao lembrar que até agora este governo não apresentou nenhuma medida neste sentido, que todas foram de ataques aos direitos sociais e trabalhistas.

 

“O golpe e a perseguição do ex-juiz parcial Sérgio Moro ao ex-presidente Lula, que ajudou a eleger esse monstro, fizeram o Brasil andar anos luz para trás, deixamos de ser a 7ª economia do mundo e hoje vemos até pessoas desmaiando de fome nas filas do SUS, como li ontem em um portal”, acrescenta Junéia.

 

 

São 29 organizações que assinam o chamado para o ato: a Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), a Marcha Mundial de Mulheres (MMM), o Movimento Negro Unificado (MNU), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro), as mulheres do Partido dos Trabalhadores (PT), do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central de Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil (CTB).

 

Impossível conviver com governo que destrói vidas e direitos

Inspirada na campanha #EleNão, que realizou massivos atos feministas contra Bolsonaro no período eleitoral em 2018, a mobilização atual realizou, como processo preparatório, uma plenária online no dia 23 de novembro. Houve a participação de 470 pessoas de diferentes partes do país.

 

De acordo com Sonia Coelho, da Sempreviva Organização Feminista e da MMM, entre as cidades com o ato já confirmado figuram também Recife (PE), Natal (RN), Fortaleza (CE), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), Campinas (SP), Santos (SP), Brasília (DF), Aracaju (SE), Palmas (TO), Rio de Janeiro e Mossoró (RN).

 

“É importante a gente tirar o Bolsonaro, nem que seja um dia antes dele terminar o governo dele”, afirma Sonia, para quem “é impossível continuar convivendo com um governo que destrói vidas e direitos todos os dias”.

 

Fotos: Arquivo / CUT-RS e CUT Brasil – Fonte: CUT-RS com Marize Muniz – CUT Brasil