Há exatos cinco anos, em 21 de dezembro de 2016, em meio a bombas de efeito moral na Praça da Matriz, deputados e deputadas estaduais aliados do governo José Ivo Sartori (MDB) aprovaram o projeto de lei que autorizou a extinguir seis fundações estaduais: Fundação Ciência e Tecnologia (Cientec), Fundação de Economia e Estatística (FEE), Fundação Zoobotânica (FZB), Fundação Piratini, Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH) e Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan).

 

Não esqueceremos

O Semapi-RS, sindicato que representa os trabalhadores e as trabalhadoras das fundações, prometeu na ocasião que jamais iria se esquecer do crime cometido contra a sociedade gaúcha.

 

Hoje, o que se vê são estruturas sucateadas, entrega de patrimônio e a precarização dos direitos de quem segue se esforçando para realizar seu trabalho, com congelamento de salários e uma situação funcional instável. O desafio é seguir com um serviço de qualidade, garantindo estabilidade e representatividade para trabalhadores e trabalhadoras que seguem desempenhando o seu trabalho.

 

 

Minidocumentário

Nesta segunda-feira (20), o Semapi-RS divulgou um minidocumentário destacando os resultados nefastos das extinções. A peça, com 13 minutos de duração, traz depoimentos de representantes da sociedade civil e dirigentes do sindicato falando sobre as consequências da aprovação da lei.

 

“De lá para cá, o que se viu foi a precarização de serviços públicos essenciais para sociedade gaúcha”, diz o sindicato em nota. “Jornalistas que perderam fonte de dados confiáveis, empresas que não têm com quem contar para testar seus produtos, transportadores de passageiros que temem ficar sem os serviços de gerenciamento do transporte metropolitano, entidades ambientais que não têm mais dados para contrapor projetos que prejudicam o meio ambiente”.

 

 

O vídeo aponta que a extinção das fundações deixou um legado de sucateamento de estruturas estaduais, entrega de patrimônio e a precarização dos direitos de trabalhadores, que foram transferidos para outras áreas da administração estadual e hoje se encontram em uma espécie de limbo jurídico, pois perderam os direitos previstos em convenção coletiva das fundações.

 

“Em meados de 2021, o Semapi conseguiu juridicamente retomar a representação destes colegas, e tem reiteradamente buscado o governo para discutir formas de regularizar a situação – muitas vezes, sem sucesso”, diz a nota do Semapi-RS.

 

 

Assista ao vídeo:

 

 

Fotos: Arquivo / Semapi-RS e Sul21 | Fonte: CUT-RS com Semapi-RS e Sul21

 

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