Na véspera do 8M, a direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (Sindjors) realizou a oficina “Lentes femininas, os olhares que podem transformar o mundo”, uma experimentação em fotografia digital. A oficina serve de base para uma atividade maior, em fase de elaboração, para ser oferecida pelo Sindjors aos jornalistas.

 

A formação foi preparada pelos colegas fotojornalistas, Jorge Leão e Claudio Fachel, que integram o Núcleo de Imagem do Sindicato. Uma parceria com o Núcleo de Gênero e Diversidade, que está levando à frente a participação do Sindjors nas mobilizaçoes do Dia Internacional da Mulher 8M.

 

A oficina, que será oferecida ao público, tratará de elementos técnicos básicos da fotografia com celular e/ou câmera, mas ainda não tem data programada para acontecer. Colegas interessados podem contatar o Sindicato para colocar seu nome na lista de espera.

 

GERDA TARO
Além das técnicas de foto e edição no celular e com o propósito de resgatar a contribuição profissional das mulheres no jornalismo, a oficina destacou o trabalho de uma mulher que marcou história na fotografia, Gerda Taro. Com imagens e informações selecionadas por Cláudio Fachel, foi possível conhecer um pouco do olhar desta mulher que registrou a Guerra Civil Espanhola, sendo pioneira na fotografia de guerra e na produção de reportagens especiais.

 

 

Judia, nascida em Stuttgart, na Alemanha, em 1910, Gerda foi uma mulher libertária e fugiu do nazismo mudando-se para a França. Lá conheceu o fotógrafo húngaro, também judeu, André Friedman, que se tornou um ícone do fotojornalismo com o nome de Robert Capa. Em 1936, mudaram-se para a Espanha, com o propósito de cobrirem a Guerra Civil.

 

Suas fotos impressionam até hoje, pela proximidade com que se posicionou nos campos de batalha, pela captura sensível do olhar das mulheres, dos homens e das crianças na realidade da guerra.

 

 

Já separada de Capa e seguindo na cobertura da Guerra, Gerda morreu prematuramente, em 26 de julho de 1937, tendo seu corpo esmagado por um tanque de guerra.

 

Fonte: Imprensa Sindjors