A segunda mesa de negociações da Convenção Coletiva de Trabalho 2023/2024 aconteceu na terça (27), ainda de forma virtual, para contemplar um número maior de participantes, tanto do SindJoRS, quanto do patronal.

 

Dentro da programação feita pelo GT da Convenção Coletiva, propôs-se tratar do capítulo dedicado à saúde mental do trabalhador e qualidade de vida, que o Sindicato dos Jornalistas considera imprescindível, levando-se em consideração a realidade que se apresenta nas redações e ambientes laborais, porquanto tem recebido inúmeras denúncias de assédio moral às e aos jornalistas.

 

A diretora e terapeuta, Mônica Cabanas, leu o capítulo e elencou as justificativas para que ele esteja presente na CCT – ela que acompanhou a recente conferência Internacional do trabalho da OIT e conhece, como terapeuta ericksoniana e jornalista, os revezes que um assédio pode provocar na saúde mental do trabalhador. O assessor jurídico do SindJoRS, Antônio Carlos Porto Júnior, explicou o programa, que é fundamental não apenas para proteger as e os jornalistas como, também, as empresas, pois o capítulo traz ferramentas para prevenção, o que resulta em menos processos contra as empresas. Ou seja, é um jogo de “ganha-ganha”.

 

Surpreso com a nova proposta, o sindicato patronal pediu um tempo para estudar o capítulo – embora tenha recebido a CCT na íntegra, antes do início das negociações. E quis saber o que o SindJoRS achou da proposta econômica que fez, na mesa anterior, sobre o reajuste de METADE do INPC, dividido em duas vezes. Já acenando que não pretende negociar nestes termos, a diretoria presente solicitou marcação de uma nova rodada de discussões, quando pretende apresentar o capítulo dedicados às mulheres e seus direitos. Na próxima terça-feira (04.07), todos voltam a se encontrar. É importante alertar às e aos jornalistas, que a CCT do ano passado segue vigendo, uma vez que o SindJoRS acertou a prorrogação, para negociar com tranquilidade este próximo acordo.

 

Texto: Carla Seabra | Diretoria SindJoRS