Belém – Barqueata da Cúpula dos Povos (acima) leva mais de 200 embarcações à Baía do Guajará durante a 30ª Conferência das Partes (COP30). Foto: Hermes Caruzo/COP30

 

Publicamos, a partir de hoje, uma série de depoimentos de colegas jornalistas sobre a cobertura da COP 30. Hoje as dicas são de Caetano Scannavino que é fotógrafo e coordenador do Projeto Saúde e Alegria.

 

1) Baixas quanto aos avanços programáticos a partir dos nossos tomadores de decisão, com toda essa conjuntura de guerras, nacionalismos e negacionismo de quem comanda (vide os EUA);

 

2) Baixas quanto à ampla participação de delegações, pelos já sabidos desafios infraestruturais até então não resolvidos a contento faltando poucas semanas para Conferência;

 

3) Altas quanto à mobilização social, após três COPs em países com restrições (Egito, EAU, Azerbaijão).

 

Há um grito reprimido, com Belém podendo vir a sediar uma das maiores movimentações sociais da história das COPs. É um público que vem mesmo sem credenciais oficiais e se organiza em alojamentos solidários, em iniciativas paralelas como a Cúpula dos Povos, COP das Baixadas e outras, debatendo clima no coração da Amazônia e propondo caminhos também sob o ponto de vista dos indígenas, das negritudes, das periferias, daqui e do mundo.

 

Foto: Divulgação COP 30

 

Caetano Scannavino (acima) é fotógrafo e coordenador do Projeto Saúde e Alegria.