Jornalistas em todo o país vêm sendo pressionados desde 13 de abril por anúncios de cortes de até 70% em suas jornadas de trabalho e salários. A ofensiva das empresas de mídia toma como base a Medida Provisória nº 936, de 1º de abril. A categoria tenta negociar por meio dos sindicatos, mas a ameaça está colocada.
Houve anúncios de cortes de jornada e salários nas redações das maiores empresas jornalísticas do país nos últimos dias.
A ameaça acontece justamente no momento em que a população brasileira mais precisa de informação de qualidade sobre a pandemia de coronavírus e de seus efeitos. Reduzir horas de trabalho e salários de jornalistas significa reduzir a capacidade da sociedade de se informar adequadamente, abrindo espaço ainda maior para a disseminação de fake news.
As consequências dessa precarização em um momento tão crítico podem ser fatais para a saúde pública, para a economia e para a própria democracia. O trabalho dos jornalistas é serviço essencial.
A realidade por trás das câmeras e das páginas de jornal e revista que você lê é que, desde a eclosão da pandemia do coronavírus, estamos submetidos a uma carga de trabalho estendida para dar conta de levar ao público os mais diferentes ângulos e serviços de informação. A nossa rotina nesse último mês têm sido assumir riscos de saúde e empenhar recursos próprios para manter um trabalho com a qualidade e a velocidade que a população precisa e merece. Agimos assim porque fazer jornalismo é a nossa missão.
Conclamamos você a se unir neste movimento pela valorização dos jornalistas. Queremos manter o jornalismo na ativa e com força total nesse momento tão crítico para o Brasil e o mundo.
Use suas redes sociais para exigir que as empresas de mídia recuem dos cortes porque, nesse momento, mais do que nunca, informação é questão de vida ou morte e #jornalistassalvamvidas.
Vem com a gente!
Federação Nacional dos Jornalistas
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo
Campanha pela Valorização dos Jornalistas
Fonte: Fenaj