Com a participação de dirigentes de sindicatos e federações, a Executiva da CUT-RS promoveu, na manhã de sexta-feira (13/09), uma reunião com vários economistas para debater alternativas de enfrentamento à agenda neoliberal, visando à recuperação da economia e do emprego no Brasil e no Rio Grande do Sul. O encontro foi, também, preparatório ao 15º Congresso Estadual da CUT Regional (CECUT-RS), que será realizado nos dias 22 e 23 de novembro, em Porto Alegre.
Falaram, na ocasião, mostrando pontos de vista e apontando alternativas para a crise econômica do país e do estado, os economistas e professores da UFRGS, Róber Iturriet Ávila, professor do Departamento de Economia e Relações Internacionais e Cássio da Silva Calvete, coordenador do GT Políticas de Emprego, Trabalho e Previdência; Ricardo Franzói e Anelise Manganelli, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE); e o auditor fiscal da Receita Federal, Dão Real Pereira dos Santos, que também é diretor de Relações Institucionais do Instituto Justiça Fiscal e membro do coletivo “Auditores Fiscais pela Democracia”.
A presidenta do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (Sindjors), Vera Daisy Barcellos, que participou do encontro junto com a diretora, Rosa Pitsch, perguntou aos técnicos como se traduziria a linguagem técnica de todas as explanações com a temática comunicação “para além dos jornalistas”. Em resposta, o diretor do Instituto Justiça Fiscal afirmou que uma via para alcançar a população seria por meio do convencimento da mídia, dos professores e, também, por meio dos comunicadores populares, como os agentes de saúde dos PSFs, os assistentes sociais e outros, que mantêm contato direto com as comunidades.
Anelise Manganelli citou o “blackout informacional” como um risco concreto que já vivemos. E, com isso, as vidas de milhões de pessoas caem no limbo, porque, segundo ela, informação é democracia, “para que as pessoas possam se enxergar e enxergar o outro e formar suas estratégias coletivas”.
O BRASIL TEM SAÍDA?
O auditor-fiscal da Receita Federal, Dão Real Pereira dos Santos, que participou, no dia 13/09, de reunião promovida pela Executiva da CUT, para debater alternativas de enfrentamento à agenda neoliberal, defendeu, em conversa com o Sindjors, a manutenção dos direitos garantidos pela Constituição de 1988. No artigo 196, a Carta Magna determina que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas, que visem à redução do risco de doença e de outros agravos, e ao acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
(*) Dão Real é diretor de Relações Institucionais do Instituto Justiça Fiscal e membro do coletivo “Auditores Fiscais pela Democracia”.
Fonte: Rosa Pitsch/Sindjors