É o Dia Nacional de Luta de todos os trabalhadores e contra a PEC 32, as privatizações, a inflação e a MP 1045; e em defesa do auxílio emergencial de R$ 600, por vacina já para todos e todas
Os servidores das três esferas – municipal, estadual e federal – vão fazer uma greve de 24 horas no dia 18 de agosto, Dia Nacional de Luta e Paralisações, que terá mobilizações e paralisações também de trabalhadores da iniciativa privada em todas as capitais do país.
A CUT e as demais centrais sindicais estão organizando e mobilizando para a luta contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 32, da reforma Administrativa, enviada ao Congresso Nacional pelo governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), contra as privatizações, a MP 1045 (“MP da Escravidão”) e a inflação; e, em defesa do auxílio emergencial de R$ 600, por vacina já para todos e todas, e emprego.
“É preciso deixar claro para todos e todas que a luta é de toda a classe trabalhadora porque tanto a PEC 32 de Bolsonaro, quanto as privatizações e todas as pauta que estarão em debate neste dia é de interesse de todos os brasileiros e brasileiras”, afirma Pedro Armengol, diretor da CUT e da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).
“As prioridades de Bolsonaro são a reforma Administrativa, que acaba com o serviço público, abre espaço para indicações políticas, aumentando o risco de corrupção; e as privatizações, que tiram do povo o seu patrimônio”, explica Armengol.
“Todas as pautas do Dia Nacional de Luta estão interligadas com a luta dos servidores porque afetam diretamente os trabalhadores e as trabalhadoras”, já havia alertado o presidente Nacional da CUT, Sérgio Nobre, que ressaltou também a luta contra a disparada da inflação, as altas taxas de desemprego, a necessidade de vacina para todos já e o auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia.
“O dia 18 é um dia de mobilização nacional e em apoio à greve dos servidores contra a reforma Administrativa, que é ruim para o Brasil e para o povo brasileiro”, disse Nobre.
PM da Escravidão
A categoria dos jornalistas corre grandes riscos com a aprovação da Medida Provisória 1.045, a qual já instituía a redução salarial por acordo individual, o que atingiu os jornalistas duramente ao longo da pandemia. A Câmara, com acordo de Bolsonaro e Paulo Guedes, fez o que faz de melhor: piorou o que já era horrível.
Para a classe trabalhadora em geral, cria trabalhadores de segunda classe, sem contratos de trabalho, sem salários (com uma “bolsa”), sem direitos trabalhistas como 13° e férias remuneradas, sem contribuição previdenciária.
Para os jornalistas, implica no risco de salários menores, com a redução do adicional da hora-extra para 20%; para os colegas contratados por 7 horas diárias, a maior parte da categoria, o risco em médio prazo é de demissão, para adoção do contrato de 5 horas. De toda forma, o mecanismo pode significar uma perda de 15% dos salários da categoria em Rádio e TV, e 7,5% em jornais e revistas.
Com informações da CUT Nacional e do Sindicato dos Jornalistas de SP