A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) publicou, na última quarta-feira (25/03), nota em solidariedade aos jornalistas brasileiros, à Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ) e com o povo brasileiro em geral diante da decisão do presidente Jair Bolsonaro de ignorar as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para promover a distanciamento social e quarentena obrigatória para interromper a pandemia de Covid-19.

 

A entidade internacional destacou, em seu site, que a “Federação Nacional de Jornalistas alertou para o perigo de ignorar as medidas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde e rejeitou possíveis alterações nos contratos de trabalho que possam expor milhões de brasileiros”.

 

Leia a nota da FIJ na íntegra

A Federação Internacional dos Jornalistas (IFJ, sigla em inglês) é solidária com os colegas brasileiros, nossa afiliada a Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ) e com o povo brasileiro em geral diante da decisão do presidente Jair Bolsonaro de ignorar as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para promover o distanciamento social e quarentena obrigatória para interromper a pandemia de Covid-19, que já infectou 450.000 pessoas e matou outras 20.000 em todo o mundo.

 

Entendemos que não seguir as instruções da OMS, não combater a livre circulação do vírus e qualificar-se como “atitude covarde” a quarentena que em muitos países está salvando vidas significa expor uma nação inteira a uma doença altamente contagiosa e de alto risco de morte para pessoas com mais de 60 anos e com doenças crônicas.

 

Da mesma forma, nos manifestamos contrariamente ao adiamento da entrega de informações aos cidadãos, um direito estipulado na Lei de Acesso à Informação sancionada pelo parlamento brasileiro. O acesso às estatísticas epidemiológicas é essencial para que diferentes organizações em todo o país tenham uma idéia em tempo real do progresso do vírus e as melhores maneiras de combatê-lo.

 

Também alertamos sobre os perigos de remover as proteções aos direitos dos trabalhadores, como ocorreu nas últimas horas: qualquer perda de direitos, salários ou garantias de emprego também é um problema para a saúde geral do país.

 

Finalmente, parabenizamos as organizações que, em todo o Brasil, estão tomando medidas para combater a doença e estão aumentando a solidariedade diante da pior pandemia que a humanidade sofreu em um século.