Após o episódio protagonizado pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, de proferir ataque sexista, machista e misógino contra a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo, Sindicatos de Jornalistas denunciam novas ocorrências nos Estados.
No Espírito Santo, o Sindicato publicou nota de repúdio contra a fala do deputado estadual Torino Marques (PSL) que, no plenário da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, relativizou os ataques machistas e misóginos do presidente.
O Sindijornalistas anunciou, ainda, que a partir das declarações do parlamentar, “não há como discutir a pauta da Comunicação junto à Comissão de Comunicação e Cultura da Casa de Leis, presidida pelo deputado, que descontextualizou as ofensas inadmissíveis do presidente”.
Outra ocorrência de reverberação da violência contra as mulheres jornalistas ocorreu na Câmara Municipal de Belém (PA).
O Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor/PA) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) publicaram nota de repúdio pela falta de decoro do vereador Joaquim Campos (MDB), durante a sessão ordinária realizada na manhã desta quarta-feira, 19 de fevereiro. Campos chamou a jornalista da Folha de São Paulo, Patrícia Campos Mello, de “vagabunda”, interrompendo o pronunciamento do vereador Toré Lima (PRB). Da tribuna da CMB, Toré Lima criticou o presidente da República Jair Bolsonaro pelas ofensas à jornalista, que tentou desqualificá-la com expressões de cunho sexual.
As entidades exigirem providências ao presidente da Câmara Municipal de Belém, vereador Mauro Freitas (PSDC), à presidência do MDB em Belém e no Pará e anunciam que vão denunciar o vereador ao Ministério Público.
Já no Rio de Janeiro, a ação foi pela realização de uma audiência pública na Assembleia Legislativa. Diretoras do Sindicato do Município e da ABI foram recebidas pela deputada Enfermeira Rejane ( PCdoB), presidente da Comissão da Mulher da Alerj, e pediram apoio para a realização de uma Audiência Pública sobre os ataques do presidente Bolsonaro a jornalistas e, em particular, os insultos e ofensas contra Patrícia Campos Mello, repórter da Folha de São Paulo.
Saiba mais: Nota oficial: Em defesa das mulheres jornalistas e contra o machismo
* Esta nota será atualizada em caso de novas ocorrências *
Fonte: Fenaj