Pelo menos 3 mulheres são vítimas de feminicídio por dia no Brasil e o Rio Grande do Sul concentra 10% de todos os casos deste tipo de crime. No entanto, as três esferas de governo promovem um desmonte das políticas públicas para as mulheres e uma tentativa de enfraquecimento do controle social, o que cria um cenário de maior vulnerabilidade e insegurança para as mulheres. Para denunciar o descaso das administrações com a vida das mulheres, o Comitê em Defesa da Vida das Mulheres, organização da sociedade civil formada por representantes do movimento feminista e de mulheres de Porto Alegre e Região Metropolitana, programou atividades para a segunda-feira, 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher, data aprovada pela ONU em 1999.

 

A partir das 15h, ocorrerá uma assembleia de mulheres na Esquina Democrática, e às 17h inicia-se a concentração para um grande ato no Largo Glênio Peres, em que o Comitê irá denunciar a ausência de investimentos para as políticas sociais, a precarização da Rede de Atendimento a Mulheres em Situação de Violência. Estão previstas intervenções culturais, declamação de poesias, oficinas de cartazes e esclarecimento sobre os diferentes tipos de violência sofridos em decorrência de gênero (física, psicológica, moral, patrimonial e sexual).

 

A preocupação do Comitê, formado com o objetivo de criar mecanismos de superação de violência contra as mulheres e o fortalecimento das políticas públicas de apoio às mulheres sem situação de violência, é, principalmente, com o número de feminicídios no Estado, que aumentaram em mais de 40% entre 2017 e 2018. Além disso, os movimentos que integram o Comitê denunciam o descaso da Administração Municipal com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (COMDIM/POA), que é uma das representações do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (Sindjors), a possibilidade de mudança de foco da Casa de Apoio Viva Maria, única mantida pela Prefeitura para acolher mulheres em situação de violência doméstica e familiar e a falta de aporte de recursos públicos e ameaça de fechamento da Casa de Mulheres Mirabal.

 

MOVIMENTOS QUE INTEGRAM O COMITÊ:
Conselho Municipal dos Direitos da Mulher
Fórum Municipal de Mulheres
Procuradoria da Mulher da Câmara Municipal de Porto Alegre
Coletivo Alicerce
8M – Greve Internacional de Mulheres Porto Alegre
Movimento de Mulheres Olga Benário
Coletivo Feminino Plural
Coletivo Virgínias
Sec. de Mulheres do PT
Themis
Conselho Regional de Psicologia
Coletivo Feminista Marielle Vive
GRITAM/UFRGS
Coletivo Classista Ana Montenegro
Coletivo de Ocupação Feminista
Fórum de Mulheres do MERCOSUL
Coletivo Feminista As Outras Amélias
Conselho Regional de Enfermagem

 

SUGESTÕES DE FONTE:
ZadiZaro – 8M – Greve Internacional de Mulheres Porto Alegre – 99159-9668
Neusa Heinzelmann – presidenta do COMDIM em exercício – 98357-2347
Márcia Martins – presidenta eleita do COMDIM e da diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (Sindjors) – 999472771