O Sindicato de Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SindJoRS) lamenta a decisão da Meta, empresa que controla redes como Facebook, Instagram e WhatsApp, de encerrar o sistema de checagem de fatos, retirando importantes filtros de controle de fake news, o que pode estimular ainda mais a propagação não apenas de notícias falsas como de discursos de ódio e de atentado à democracia. O anúncio, feito na véspera do aniversário da última tentativa de golpe no Brasil, é preocupante. Este cenário, mais do que nunca, reforça a importância da regulamentação das redes no país, a exemplo do que já é feito em alguns países, como a Alemanha.

 

É importante que se faça a distinção entre liberdade de imprensa e expressão e liberdade para defender crimes, como atentados à democracia, racismo, homofobia, xenofobia, calúnias, injúrias e difamações. Para estes casos, é preciso que o conteúdo seja retirado do ar e os responsáveis respondam judicialmente pelos crimes cometidos. A presidenta do SindJoRS, Laura Santos Rocha, é direta quanto à forma de lidar com o caso. “Fake news não se pontua. Exclui e penaliza”, afirma a dirigente sindical.

 

Por fim, o SindJoRS conclama as e os jornalistas e toda a sociedade a manterem a mobilização para o tema e para pressionar os parlamentares a votarem legislações que não permitam abusos, assim como para a conclusão do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a responsabilidade das redes sociais e a análise do artigo 19 do Marco Civil da Internet, que trata da responsabilidade das redes sociais pela exposição de conteúdos prejudiciais ou criminosos, como a disseminação de desinformação.

 

Texto: Letícia Castro/Diretoria SindJoRS