SindJoRS é uma das entidades apoiadoras da ação
Com sete metros de comprimento por três metros de altura, a obra “Nau dos Insensatos – O Naufrágio do Estado Mínimo” é resultado de um trabalho de dois meses do grupo de cartunistas da Grafar (Associação de Artistas Gráficos do RS). O tamanho do quadro e a dimensão da exposição procuram corresponder à gravidade do ocorrido em maio que, na opinião dos artistas, é consequência de uma série de fatores importantes e interligados entre si.
A obra por si só traz elementos artísticos e críticos a um momento trágico da nossa história e, nos lembra do papel político da arte na construção da memória enquanto ela ainda acontece. A enchente que atingiu o estado em maio deste ano devastou cidades inteiras, levou junto da enxurrada a dignidade e a segurança dos gaúchos, sujando o pampa verde e vivo com barro e a lama fedorenta que pertenciam ao fundo dos rios.
A Nau dos insensatos surgiu nesse exato momento de desespero, quando a água turva da enchente era uma das poucas certezas nas casas dos gaúchos. Os cartunistas que participaram da obra colocaram ali reflexões, questionamentos e denúncias.
Com curadoria do cartunista e diretor do SindJoRS, Celso Schröder, a ‘Nau dos insensatos’ conta com a participação de Edgar Vasques, Santiago, Bier, Hals, Kayser Fabiane Langona, Uberti, Bruno Ortiz e Eugênio Neves. Os cartunistas também participam do jornal de humor O GRIFO, que circula on-line há quatro anos. A exposição é produzida pelo GRIFO, com apoio da Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul e, entre outras entidades, o SindJoRS e irá percorrer o estado nos próximos meses.
Os artistas do GRIFO, a CUT-RS e o SindJoRS convidam para a exposição da obra ‘Nau dos Insensatos – O Naufrágio do Estado Mínimo’ dia 5 de setembro, na sede da FETRAFI-RS em Porto Alegre. Durante cinco dias, a população poderá visitar a exposição do painel, que também será composta por 60 cartuns em formato A3, assinados por outros artistas do RS. Além disso, terá um vídeo de cinco minutos, que contém um manifesto de autoria do escritor gaúcho Ernani Ssó.
Fonte: CUT/RS