Um novo relatório da Unesco traz conclusões alarmantes sobre os riscos que o jornalismo profissional e independente enfrentam diante do crescimento exponencial das redes sociais.

 

A análise, com recorte mais recente feito entre 2021 e 2022, identificou que tanto o público de notícias quanto as receitas de publicidade migraram em massa para as plataformas controladas pelas gigantes da internet Google e Meta/Facebook.

 

A pandemia de Covid-19 contribuiu para a crise das empresas de mídia e evidenciou o risco para o direito fundamental à informação, constatou o relatório.

 

Riscos do jornalismo profissional foram agravados na pandemia

 

A pandemia intensificou as tendências existentes de queda na receita de publicidade, perda de empregos e fechamento de redações, avaliou o estudo da Unesco.

 

O período agravou os ataques online e físicos a jornalistas e demais profissionais de imprensa, além de deixar dúvidas sobre o futuro da profissão e sua rentabilidade.

 

Dados do Centro Internacional para Jornalistas analisados pela agência da ONU mostram que dois terços dos jornalistas se sentem menos seguros em seus empregos como resultado das pressões econômicas da pandemia, apesar dos últimos dois evidenciarem a importância da profissão para a sociedade.

 

Não é só no bolso: jornalistas correm riscos de todos os lados

 

O relatório elaborado pela Unesco apontou que a crise econômica também ocorre em um momento que cresce ameaças à segurança online e física de jornalistas.

 

Além de governos opressores, lobbies privados e até pessoas comuns da sociedade se sentem cada vez mais encorajados a intimidar jornalistas. Uma das principais agressões modernas à imprensa são insultos e ofensas na internet.

 

Quem mais sofre com ataques online e coordenados são as mulheres jornalistas em todo o mundo, destacou a agência.

 

Uma pesquisa da Unesco publicada no ano passado descobriu que sete em cada dez mulheres jornalistas já sofreram violência online. Um quinto relatou ter sofrido violência offline que tinha conexão com as ameaças recebidas em plataformas digitais.

 

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Fonte: MediaTalks