Caros (as) Jornalistas

 

Trabalhadores e trabalhadoras das mais diversas categoriais profissionais, ligados à CUT e demais centrais sindicais, estão sendo convocados a aderir à Greve Geral no dia 14 de junho de 2019, próxima sexta-feira, um ato contra a reforma da Previdência, em defesa da educação e por mais empregos.

 

A reforma da Previdência de Bolsonaro (PSL) acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição e impõe a obrigatoriedade da idade mínima de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres, aumenta o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 20 anos e altera o cálculo para reduzir o valor do benefício pago pelo INSS – trabalhadores vão receber apenas 60% do valor do benefício. Para ter acesso à aposentadoria integral, o trabalhador e a trabalhadora terão de contribuir por pelo menos 40 anos. Portanto, a reforma proposta pelo governo, em tramitação no Congresso Nacional, atinge principalmente os menos favorecidos e não ataca os privilégios.

 

Os trabalhadores brasileiros também vão parar no dia 14 em protesto contra os cortes anunciados na educação básica; vão faltar recursos para a compra de móveis, equipamentos, para a capacitação de servidores e professores e até para pagamento de contas de água e luz. Além disso, os cortes afetam profundamente a educação, a saúde e a produção científica e tecnológica. As universidades públicas são responsáveis por mais de 90% da pesquisa e inovação no país e prestam serviços à população por meio de projetos de extensão e hospitais universitários.

 

O desemprego crescente também motiva a paralisação. No primeiro trimestre deste ano, faltou trabalho para 28,3 milhões de pessoas no Brasil, segundo o IBGE. A taxa de desemprego do período foi de 12,7% e atinge 13,4 milhões de trabalhadores e trabalhadores. Uma das promessas da reforma trabalhista, aprovada em 2017, era justamente “criar mais postos de trabalho”. Até agora, o governo Bolsonaro não apresentou uma proposta que, de fato, contribua para aquecer a economia e gere emprego e renda.

 

No campo da comunicação, estão ocorrendo demissões em massa nas redações de todo o país; direitos dos jornalistas suprimidos, salários atrasados, redução de piso salarial e o desmonte da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), com fechamento de praças, fusão do sistema público com o estatal, extinção de programas e impasse na negociação salarial dos trabalhadores.

 

Diante desse quadro de grave precarização da força de trabalho e da supressão de políticas públicas, por parte do governo Bolsonaro, que atingem milhões de brasileiros de todas a classes e categorias profissionais, a Federação Nacional do Jornalistas (FENAJ) apoia a Greve Geral do dia 14 de junho e conclama os seus 31 Sindicatos filiados a convocar atos, manifestações públicas, visitas às redações para estimular a paralisação, por um dia, dos jornalistas brasileiros, em adesão ao movimento paredista nacional.

 

Brasília, 12 de junho de 2019.

 

Diretoria Executiva da FENAJ