CUT – É papel dos sindicatos e dos movimentos sociais debater com a sociedade e as comunidades valores como união e solidariedade para reconstruir o país e combater o individualismo e a disseminação do ódio, que são pilares do governo de Jair Bolsonaro (PL).
A afirmação foi feita pelo presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, no primeiro dia do Encontro Nacional de Juventude e Formação da Central, nesta quinta-feira (24), na Praia Grande, no litoral em São Paulo. Ele participou da mesa de “Abertura Política e Análise de Conjuntura: Estratégia para 2022”.
Na primeira atividade formativa presencial, organizada pela Rede Nacional de Formação, em conjunto com o Coletivo Nacional de Juventude, o presidente da CUT disse que o movimento sindical tem responsabilidade, além de lutar por melhores condições de trabalho, na luta contra fome e por uma vida mais digna para todos os brasileiros e brasileiras. “Não adianta ir nas comunidades e periferias falar com o povo somente sobre direitos e o mundo do trabalho se o povo está com fome, desempregado e sem esperança”, destacou.
“Precisamos prestar solidariedade à população e estar junto com o povo, porque para reconstruir o Brasil vamos precisar ter uma base social sólida de apoio e cheio de vontade de mudar. A criação dos Comitês de Luta e das Brigadas Digitais da CUT têm este objetivo.” Sérgio Nobre.
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Na mesa de abertura também estavam presentes a secretária nacional de Formação da CUT, Rosane Betotti, a secretária nacional de Juventude da CUT, Cristiana Paiva, e a diretora interina do Escritório da DGB BW para a América Latina, Flavia Silva.
Para Rosane, o movimento sindical terá dois grandes desafios: tirar Bolsonaro do governo, pois ele matou e continua matando tantas vidas, humanas e natureza, e fazer a disputa de hegemonia em cada recanto deste pais para a gente voltar a sonhar com um governo progressista. Ela destaca que a CUT é uma organização forte e cada um e cada uma pode fazer a diferença.
“A nossa central daqui a pouco tem 40 anos, 50 e outros que virão, mas organizar a central é ir na base organizar, formar e discutir o Brasil que a gente quer. E neste encontro, de homens, mulheres, da cidade e do campo, negros e não negros, vamos decidir grandes ações para que possamos sair daqui mais fortes e unidos para fazer a diferença”, destacou.
Cristiana disse que a juventude está triste e desanimada com o momento que o país está vivendo. Segundo ela, os jovens são os mais atingidos pela ausência de política sociais e uma educação de qualidade, além dos mais diversos modos que este governo arrumou para tirar direitos das brasileiras e dos brasileiros. Para a secretária de juventude, a eleição de 2022 é um momento primordial neste cenário catastrófico que o país vive.
“Precisamos ter perspectivas e de mais jovens nos sindicatos para ampliar os direitos e fortalecer a luta. Nós queremos que os nossos sonhos e as nossas esperanças sejam renovadas neste encontro para que possamos voltar para nossos estados e refletir, se animar e fortalecer a importância de 2022 para conseguirmos mudar os rumos do país”, afirmou.
Flavia Silva completou a fala da Cristiana e destacou que é urgente que a juventude CUTista resgate sua capacidade de ação em todos os cantos dessa nação, com sua capacidade transformadora, sua ação!
“Estamos em 2022, saindo de uma pandemia, tristemente em meio à uma guerra e à beira de um processo eleitoral de importância singular no Brasil. Tudo isso em um contexto em que não apenas os empregos, mas as relações de trabalho em sua totalidade sofrem transformações estruturais. Que estes dias sejam o abraço que tanto estranhamos e que as eos participantes saiam de mãos dadas e mentes fortalecidas para fazer a luta acontecer”.
Novo site da Formação
Durante o primeiro dia do Encontro Nacional de Juventude e Formaçao também foi discutido a estratégia de formação e comunicação. Além de contar a história das Brigadas Digitais da CUT e seu funcionamento, o secretário de Comunicação da CUT, Roni Barbosa apresentou o novo site da Formação, uma página da secretaria dentro do Portal CUT.
“O Portal CUT tem quase um milhão de acesso por mês e uma média de 20 mil acessos diários e é um espaço feito pela classe trabalhadora para a classe trabalhadora. Quando estávamos construindo nossa plataforma a ideia já nasceu para ter todas as estaduais, ramos e secretarias da CUT porque entendemos que juntos somos muito mais fortes”, destaca.
Para Bertotti, a página da secretaria de Formação é um presente, não só para a pasta em si, mas para toda a rede Nacional de Formação.
“Ja faz um bom tempo que a gente vem construindo um espaço e página da secretaria nacional de Formação dentro do Portal CUT para colocar os conteúdos formativos e hoje a gente pode dizer que temos uma página nossa. A rede nacional de Formação CUTista poderá usar este espaço para mostrar suas ações em todo país”, disse Rosane.
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Foto: Roberto Parizzotti
Fonte: Érica Aragão / CUT Brasil