A jornada de formação em saúde e no trabalho “A saúde dos trabalhadores e das trabalhadoras ameaçada: trabalhar sim, adoecer não”, promovida pelo Sintrajufe/RS, tem início na próxima quinta-feira, 29, às 18h30min. Com o tema “Prevenindo e enfrentando o assédio moral e sexual no trabalho”, o painel de abertura contará com a participação da médica e professora Margarida Barreto, uma das precursoras, no Brasil, em estudos sobre assédio moral no trabalho.
A jornada, por videoconferência, vai até 2 de junho, com eventos semanais. Todos os encontros serão abertos ao público geral, que poderá acompanhar pelo canal do Sintrajufe/RS no Youtube e na página no Facebook e das entidades parceiras. Haverá emissão de certificado de participação; o formulário será disponibilizado aos participantes durante o evento.
Com esta série de debates, o Sintrajufe/RS visa proporcionar discussões e reflexões sobre questões relativas a saúde e relações de trabalho no momento atual, no mundo do trabalho de modo geral e, especificamente, no Judiciário Federal e no Ministério Público da União (MPU). Na abertura da atividade, a direção do Sintrajufe/RS fará uma apresentação da jornada, dos objetivos da iniciativa e das entidades parceiras, que farão a retransmissão do evento.
A coordenadora da Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e do Assédio Sexual CNJ conselheira do Conselho Nacional de Justiça, desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região Tânia Reckziegel, fará uma saudação aos e às participantes e às pessoas que estiverem acompanhando o evento.
Prevenindo e enfrentando o assédio moral e sexual no trabalho
No painel do evento de abertura, Margarida Barreto abordará o tema “Prevenindo e enfrentando o assédio moral e sexual no trabalho”. O assédio moral e sexual é uma prática comum no ambiente de trabalho. Na maioria dos casos, o assediador é chefe direto da pessoa que sofre o assédio, alguém que ocupa cargo superior na hierarquia ou colega de trabalho.
Em entrevista à revista Katálysis Margarida Barreto afirma que “o assédio do trabalho, enquanto humilhação, não é algo novo, porém, nesses últimos 20 anos, vem se intensificando …, eu diria que tem uma relação direta com as mudanças que ocorreram no mundo do trabalho. Hoje, o trabalhador está totalmente voltado para o empenho que lhe é exigido, não somente em relação à jornada de trabalho, mas, atualmente, ele vive em função das metas”.
Sobre a painelista
Margarida Barreto é médica, com mestrado e doutorado em Psicologia. Trabalha, principalmente, com temas como assédio moral no trabalho, humilhações no trabalho, saúde da mulher trabalhadora e condições de trabalho. Atua como professora instrutora do Curso de Pós-Graduação em Medicina do Trabalho da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e como professora convidada na USP e no Instituto Oscar Freire. É autora, entre outros, dos livros “Assédio moral – Gestão por humilhação”, “Violência, saúde e trabalho, uma jornada de humilhações”, “Do assédio moral à morte de si” (organizadora).
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Fonte: Sintrajufe/RS